A forma como seguramos o mouse parece inofensiva, mas pode impactar diretamente nossa saúde. Em tempos de trabalho remoto, longas jornadas frente ao computador tornaram-se parte da rotina de muitas pessoas. Nesse cenário, a ergonomia ganha papel fundamental — e o mouse, por mais pequeno que seja, é peça-chave.
Ignorar os cuidados com a postura e o uso correto do mouse pode levar a lesões por esforço repetitivo (LER), dores no punho, nos dedos e até problemas mais sérios, como a síndrome do túnel do carpo. Mas com pequenas mudanças, é possível evitar esses problemas e trabalhar com mais conforto e segurança.
Qual é a posição errada que quase todos repetem?
Segurar o mouse com o punho levantado ou tenso é um erro muito comum e perigoso. O correto é manter o punho relaxado e alinhado com o antebraço, evitando tensão muscular constante. Quando o punho fica muito curvado para cima ou para o lado, as articulações sofrem uma pressão desnecessária.
Além disso, apoiar o braço somente pelo pulso — sem apoio adequado para o antebraço — é um fator que aumenta o risco de lesões. Apoiar toda a extensão do antebraço sobre a mesa ou em um apoio ergonômico ajuda a distribuir melhor o peso e reduzir o estresse nos tendões.

Como escolher o mouse errado também faz mal?
Muita gente acredita que qualquer mouse serve, mas isso não é verdade. Mouses muito pequenos obrigam a mão a ficar em uma posição forçada, enquanto modelos muito grandes exigem movimentos amplos e pouco naturais.
O mouse ideal deve ter o tamanho proporcional à sua mão e permitir que os dedos se acomodem naturalmente sobre os botões. Mouses ergonômicos ou verticais são boas opções para quem passa muitas horas no computador, pois reduzem a torção do punho e melhoram a postura.
Como a força aplicada pode ser prejudicial?
Outro erro comum é apertar os botões do mouse com força excessiva ou fazer movimentos muito rígidos. Isso causa tensão muscular acumulada, principalmente nos dedos e no antebraço, mesmo que a pessoa não perceba no momento.
Movimentos suaves e toques leves são suficientes para operar o mouse com eficiência e sem causar sobrecarga. O uso constante de força desnecessária pode agravar quadros de dor e acelerar o surgimento de LER.
A altura da mesa influencia (e muito)
A posição do mouse em relação ao corpo também merece atenção. Se a mesa estiver muito alta ou muito baixa, o braço fica em posição desconfortável. A altura correta é aquela em que o cotovelo forma um ângulo de 90 graus e o antebraço fica paralelo ao chão.
Trabalhar com a mesa fora da altura ideal é um dos principais fatores para dores no punho e ombro. Ajustar a cadeira, usar suportes ou optar por móveis ergonômicos faz toda a diferença na prevenção de lesões.
As pausas que você ignora
Ficar horas ininterruptas usando o mouse sem pausa é extremamente prejudicial. Mesmo que o equipamento seja adequado, o corpo precisa de descanso. A ausência de intervalos regulares aumenta o risco de dores musculares e fadiga.
Fazer pequenas pausas de 5 a 10 minutos a cada hora pode prevenir lesões e melhorar o desempenho no trabalho. Durante esses momentos, é indicado alongar os dedos, punhos e ombros para relaxar a musculatura.
A saúde das mãos e dos punhos muitas vezes só é lembrada quando surgem as dores. No entanto, hábitos simples como ajustar a posição do mouse, escolher o modelo adequado e realizar pausas periódicas têm grande impacto na prevenção de lesões.
Segurar o mouse corretamente é um cuidado essencial para quem trabalha ou estuda por longos períodos em frente ao computador. Ao prestar atenção nesses detalhes, você cuida melhor do seu corpo e garante mais conforto e produtividade no dia a dia.








