A erva-doce (Foeniculum vulgare) é uma planta aromática popularmente utilizada para fins medicinais e culinários, sendo reconhecida por uma ampla variedade de propriedades terapêuticas. Presente em chás, temperos e até mesmo em formulações farmacêuticas, seu uso atravessa gerações devido ao potencial de promover saúde e bem-estar. Pesquisas recentes têm destacado, cada vez mais, os efeitos farmacológicos da erva-doce à luz da ciência moderna, principalmente em países como Brasil e Índia, onde a planta possui relevante tradição popular.
- Ação anti-inflamatória relevante devido aos seus compostos fenólicos;
- Benefícios digestivos amplamente reconhecidos no manejo de desconfortos gastrointestinais;
- Efeito antioxidante, contribuindo para a proteção celular.
Quais são as propriedades anti-inflamatórias da erva-doce?
Os óleos essenciais e compostos fenólicos presentes na erva-doce são responsáveis por sua expressiva atividade anti-inflamatória. Essas substâncias atuam inibindo mediadores que provocam reações inflamatórias em diferentes sistemas do corpo, potencializando o uso da planta em casos de inflamações leves. Segundo estudiosos, o potencial anti-inflamatório da erva-doce foi detalhado em publicações acadêmicas contemporâneas, como demonstrado a seguir.
“Os constituintes majoritários do óleo essencial de erva-doce, como o anetol e o fenchona, exibem significativa ação inibitória sobre marcadores inflamatórios, tornando essa planta promissora como suporte fitoterápico nos processos inflamatórios.” (SILVA, T. M. S. et al., 2021).
Como a erva-doce auxilia na digestão?
Entre plantas medicinais, a erva-doce se destaca por sua tradicional utilização no alívio de distúrbios digestivos. Seus princípios ativos promovem relaxamento da musculatura lisa gastrointestinal, auxiliando em quadros de gases, cólicas e má digestão. Referências científicas recentes enfatizam esse aspecto, sublinhando o uso seguro da planta, inclusive em preparos caseiros como chás após refeições. Vale destacar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a erva-doce é considerada segura e eficaz nos cuidados cotidianos com a digestão.
“Preparações de erva-doce são utilizadas para tratar dispepsias, flatulências e espasmos gastrintestinais, com eficácia comprovada por múltiplos ensaios clínicos e experimentais.” (GRIEVE, Maud. A Modern Herbal, 2003).
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Qual é a relação da erva-doce com a ação antioxidante e envelhecimento saudável?
A presença de flavonoides e outros fitoquímicos confere à erva-doce uma potente atividade antioxidante, importante para combater os danos provocados pelos radicais livres no organismo. Esses compostos auxiliam na manutenção da integridade das células e podem contribuir para o envelhecimento saudável, de acordo com estudos publicados em periódicos reconhecidos no campo da botânica medicinal, como o Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine.
“O extrato de sementes de erva-doce apresenta altos teores de polifenóis, demonstrando eficácia antioxidante em parâmetros laboratoriais, o que justifica sua utilização tradicional para promoção da saúde geral.” (JAMSHIDI, M. et al., Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2013).

Como preparar a erva-doce e quais são usos tradicionais?
A forma mais comum de consumir erva-doce para aproveitar seus benefícios terapêuticos é em infusões. Carregar uma pequena quantidade de sementes e utilizá-las no preparo de chás após refeições pode auxiliar no controle do desconforto gástrico e proporcionar uma sensação de leveza. Além disso, também é possível incluir as sementes no preparo de pães ou saladas, potencializando o aporte de compostos bioativos. Recentemente, chefes renomados têm incorporado a erva-doce na culinária contemporânea de cidades como São Paulo e Londres, tanto para o sabor quanto para os benefícios à saúde.
- Utilize 1 colher de chá de sementes de erva-doce para 200ml de água quente;
- Deixe em infusão por cerca de 10 minutos antes de coar;
- O consumo pode ser feito até três vezes ao dia, conforme preferência e tolerância.
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O que mostram as evidências científicas atuais sobre a erva-doce?
A literatura científica destaca a riqueza em compostos bioativos, a exemplo dos óleos essenciais, flavonoides e ácidos fenólicos, como justificativa para as principais propriedades medicinais da erva-doce. Ensaios laboratoriais, revisões sistemáticas e publicações especializadas fundamentam seu papel como coadjuvante no manejo de inflamações, disfunções digestivas e na proteção antioxidante. Destaca-se, ainda, que pesquisadores da Universidade Federal do Ceará têm avançado em estudos experimentais sobre o potencial terapêutico da erva-doce em parceria com centros internacionais.
- Comprovação do potencial anti-inflamatório em estudos recentes;
- Reconhecimento da ação digestiva e uso tradicional seguro;
- Capacidade antioxidante ao atuar contra o envelhecimento celular, validada por experimentos laboratoriais.
Referências bibliográficas
- GRIEVE, Maud. A Modern Herbal. New York: Dover Publications, 2003.
- JAMSHIDI, M.; COHEN, M. M. The clinical efficacy and safety of fennel (Foeniculum vulgare Mill) as a complementary and alternative therapy for metabolic syndrome: a systematic review. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2013, Article ID 640319, 2013.
- SILVA, T. M. S. et al. Chemical composition and anti-inflammatory activity of essential oil from Foeniculum vulgare Miller. Journal of Ethnopharmacology, v. 278, p. 114252, 2021.
- Matos, Francisco José de Abreu. Farmácias Vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 5. ed. Fortaleza: UFC, 2007.










