A psicologia da mentira tem despertado interesse entre especialistas em comportamento humano devido à sua complexidade e aos efeitos sociais e pessoais de enganar. Analisar como o cérebro processa uma mentira em comparação com a verdade oferece pistas importantes para identificá-las, pois criar uma mentira exige um esforço intencional na construção de uma narrativa falsa, enquanto a verdade requer menos carga cognitiva.
Mentir exige mais esforço do cérebro do que dizer a verdade
Ao recordar um evento verdadeiro, o cérebro acessa memórias já armazenadas, causando pouco desgaste cognitivo. Em contrapartida, mentir obriga a criar uma história nova e coerente, demandando construção e alinhamento de detalhes.
O processo de mentir não envolve apenas omitir fatos, mas também requer imaginar uma sequência viável e convincente de acontecimentos. Essa carga cognitiva adicional dificulta a fluidez e naturalidade do relato inventado.
Quais características tornam difícil para o cérebro mentir?
Pesquisas em psicologia mostram que mentirosos tendem a apresentar suas histórias em ordem cronológica, para facilitar a memorização e manter a coerência. Esse padrão estruturado revela um esforço consciente em sustentar a falsidade.
Enquanto isso, relatos verdadeiros normalmente emergem de modo não linear, baseando-se em associações espontâneas e lembranças desconexas, o que cria um contraste importante entre os dois tipos de narrativa.

Como a ordem cronológica inversa desafia o mentiroso
Pedir para a pessoa contar a história na ordem cronológica inversa, do fim para o início, aumenta a dificuldade cognitiva dos que mentem. Essa tática expõe falhas e incoerências, pois reorganizar uma invenção é muito mais trabalhoso.
Para o mentiroso, esse exercício de inverter a narrativa sem vivência realiza o teste máximo da força e flexibilidade de sua criatividade.
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Quais sinais indicam dificuldade ao inverter a narrativa?
Ao solicitar que se relate uma história em ordem inversa, certos sinais ajudam a identificar se alguém está mentindo. Abaixo estão alguns indicadores que sugerem esforço e possível invenção:
- Pausas prolongadas e hesitações ao tentar lembrar detalhes.
- Aumento do movimento ocular como sinal de esforço cognitivo.
- Dificuldade para articular os acontecimentos de maneira fluida.
Essa é a dica da psicóloga Alba Cardalba, em seu perfil no TikTok.
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Compreender o funcionamento do cérebro ajuda a detectar mentiras
Conhecer como o cérebro lida com verdade e mentira é um recurso valioso para analisar comportamentos. Técnicas focadas nessas diferenças são úteis tanto para psicólogos quanto para pessoas que buscam identificar incoerências em relatos.
O aprofundamento nesse campo do comportamento humano traz novas ferramentas, incentivando pesquisas e avanços práticos para lidar com situações de engano em diferentes contextos.










