Uma mulher morreu após ser estrangulada pelo companheiro no Condomínio Porto Rico, em Santa Maria. O crime, tratado como feminicídio pela 33ª Delegacia de Polícia, ocorreu no sábado (25/7), mas o suspeito só se apresentou à polícia nesta segunda-feira (27/7).
Aos policiais, o acusado relatou que a mulher havia sido vítima de um agressor desconhecido e que, ao intervir, foi esfaqueado. Contudo, de acordo com o delegado à frente das investigações, Paulo Fortini, a versão contada pelo autor não bate com as evidências existentes. “Não havia testemunhas que confirmassem alguma briga na rua. Ele apresentou lesões perfurocortantes e chegou a ser atendido no hospital. Ocorre que ele teria aplicado um mata leão nela (companheira)”, detalhou.
O homem se evadiu do hospital, o que levantou a suspeita dos policiais de envolvimento no assassinato da mulher, mas se apresentou na delegacia com os advogados. Em depoimento, ele alegou que agiu em legítima defesa. “Como ele se apresentou e se colocou prestativo, o encaminhamos ao Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer o laudo de corpo de delito. Esse laudo pode trazer mais clareza para os fatos”, explicou o investigador.
O casal tem um filho e, segundo o delegado, o assassinato ocorreu no momento em que a criança dormia. O menino foi entregue para a família materna, de acordo com o conselho tutelar da região. O crime é tratado como feminicídio. De acordo relatos dos parentes, o casal mantinha um relacionamento conturbado, com brigas. Apesar disso, não havia registro de ocorrência na delegacia por violência doméstica.
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