Com mesmos sintomas de covid-19, hantavirose desperta alerta no DF

Números no Distrito Federal são baixos, mas cuidados devem ser permanentes, em especial, durante a pandemia da covid-19 devido à semelhança entre os sintomas das doenças

Correio Braziliense
postado em 11/08/2020 16:58 / atualizado em 11/08/2020 16:58
 (crédito: Lucas Pacífico/CB/D.A Press. )
(crédito: Lucas Pacífico/CB/D.A Press. )

Apesar da baixa incidência da hantavirose, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) segue com ações de combate e prevenção à doença. Em especial, neste momento de pandemia, porque os sintomas são semelhantes aos do coronavírus. A infecção do hantavírus é mais comum nos meses de maio a agosto, com predomínio da ocorrência em homens e, consequentemente, mais óbitos para esse gênero. A letalidade da enfermidade chega a quase 50%.

Neste ano, o DF registrou apenas três casos da doença. Na série histórica de 2007 até hoje, foram catalogadas 67 ocorrências em moradores da unidade federativa. De 2018 para cá, apenas cinco registros foram feitos.

De acordo com a pasta, quando a pessoa reside em área rural, é necessário pedir os exames para averiguar se os marcadores são da hantavirose ou da covid-19. Essas áreas precisam de mais atenção por causa da incidência dos roedores silvestres, que podem eliminar o vírus pela saliva, urina e fezes e contaminar os seres humanos que tiverem contato com essas excreções.

A doença

A infecção humana ocorre pela inalação de aerossóis formados a partir do ressecamento das fezes, urina fresca e saliva dos roedores silvestres contaminados pelo vírus, e o período de incubação é de 9 a 33 dias, com mediana de 14 a 17 dias. Por isso, os técnicos orientam a população a fazer varrição com máscaras de proteção; dar destinação apropriada a entulhos e evitar, assim, lugares que servem como esconderijo para os ratos; manter alimentos e rações estocados de maneira apropriada, de forma a evitar a atração e contato dos roedores com esses produtos.

Os sintomas da hantavirose durante o período inicial são febre, dor nas articulações, dores de cabeça, dores lombares e abdominais, além de sintomas gastrointestinais. Na fase cardiopulmonar há também a presença de febre com dificuldade de respirar, respiração e batimentos cardíacos acelerados, tosse seca e pressão baixa.

Ciclo de transmissão da doença.
(foto: Arte: Rafael Ottoni/Secretaria de saúde)

A recomendação da área técnica da vigilância epidemiológica é que sejam feitos exames para diagnóstico diferencial. Essa prática consiste em uma hipótese formulada pelo médico a partir da sintomatologia e de outras informações apresentadas pelo paciente durante o exame clínico, que pode restringir as possibilidades de doenças relacionadas àquele caso.

Alguns sintomas se confundem com o de outras enfermidades, como leptospirose, pneumonia, dengue e a própria covid-19. Durante a consulta, os médicos devem inquirir o paciente sobre sua procedência. Confirmada a relação com área rural, o diagnóstico diferencial é essencial.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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