Pandemia

Covid-19: força-tarefa do MPDFT identifica problemas em unidades de saúde

Complicações como insuficiência de leitos e dificuldade na transferência de pacientes foram identificadas no Hospital Regional de Santa Maria e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia

Correio Braziliense
postado em 12/08/2020 19:47 / atualizado em 12/08/2020 21:09
 (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press - 2/1/15)
(crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press - 2/1/15)

A força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), criada para acompanhar as ações de enfrentamento à covid-19 na capital, encontrou problemas no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia. A vistoria, realizada na primeira semana de agosto, identificou complicações como insuficiência de leitos e dificuldade no manejo de pacientes. 

Em Santa Maria, a força-tarefa encontrou falta de leitos de enfermaria, dificuldade de transferência de pacientes sem o novo coronavírus e indisponibilidade do serviço de hemodiálise. Na UPA de Ceilândia, havia dificuldade no transporte dos internados e demora na liberação de leitos pelo sistema da Secretaria de Saúde.

Todas as dificuldades encontradas foram encaminhadas à Secretaria de Saúde, por meio de requisição. O MPDFT cobra esclarecimentos sobre as dificuldades encontradas. Além disso, a força-tarefa quer saber qual é a orientação da pasta para os comerciários da região de Santa Maria, que buscam o hospital para a realização de testes.

“A exigência não faz parte do decreto distrital (nº 40.939/2020) que trata do enfrentamento à pandemia no Distrito Federal, mas tem ocorrido por empregadores como condição para o retorno ao trabalho”, ressaltou o órgão.

O Correio entrou em contato com a Secretaria de Saúde, entretanto, não recebeu resposta até a mais recente atualização desta publicação. 


Sobrecarga

A força-tarefa encontrou na UPA de Ceilândia falta de remédios básicos e sedativos. O MPDFT considerou que o HRSM tem boa estrutura física e recursos humanos, entretanto, a unidade recebe grande demanda de pacientes infectados pela covid-19, o que causa sobrecarga.

O órgão considerou que, após a retomada comercial, decretada pelo Executivo, houve aumento de pacientes. “Os trabalhadores do comércio comparecem ao pronto-socorro apenas para realização do teste periódico para covid-19 ou para receberem o atestado médico exigido pelos empregadores. A presença desses pacientes satura a emergência, o que aumenta o tempo de espera daqueles que realmente estão doentes”, destacou texto emitido pelo órgão.

O MPDFT também constatou, assim como em outras unidades de saúde, a sobrecarga agravada pela demanda de atendimentos de menor complexidade, que deveriam ser tratados em unidades básicas de saúde (UBSs).

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