Covid-19

"Gosto do Jair desde a primeira vez que bati o olho", dizia avó de Michelle

Em entrevista concedida em 2019, Maria Firmo, que morreu hoje vítima de covid-19, falou sobre admiração pela neta, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, e pelo presidente

Darcianne Diogo
Jaqueline Fonseca
postado em 12/08/2020 21:35 / atualizado em 12/08/2020 21:35
 (crédito: TV Brasília/Reprodução)
(crédito: TV Brasília/Reprodução)

Assim que Michelle Bolsonaro se tornou primeira-dama, Maria Firmo, a avó materna, que mora em Ceilândia, concedeu entrevista à TV Brasília. À época, em 2019, ela disse à reportagem que tinha muito orgulho da trajetória da neta que admirava o presidente eleito, Jair Bolsonaro. “Eu morria por causa dela, minha neta querida. Eu morria por causa dela. Eu gosto do Jair da primeira vez que eu bati o olho nele, eu gosto dele. A Michelle é daquele jeito porque ela teve atitude, ela trabalhou", disse.

A avó de Michelle Bolsonaro estava internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e teve uma parada cardiorrespiratória na madrugada desta quarta-feira (12/8). O óbito foi confirmado às 2h11.
A idosa foi internada no HRC em 1º de julho, quando vizinhos a encontraram caída na rua principal do Sol Nascente.
Após confirmação de infecção pela covid-19 e início de piora no quadro de saúde, ela foi transferida para unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), na sexta-feira (3/7). Depois disso, chegou a melhorar, saiu da intubação, e novamente foi levada à unidade de saúde da cidade onde morava, mas não resistiu.

Maria Firmo era aposentada e morava sozinha no Setor de Chácaras do Sol Nascente e, no dia em que passou mal, foi encontrada por vizinhos caída na calçada. Em entrevista ao Correio, o aposentado Mariano Machado, 69, amigo de Maria há mais de 10 anos, lembrou com carinho da vizinha. “Quando ela não pôde mais frequentar os cultos por dores no corpo, os pastores a vinham buscar e davam todo o apoio. Quero deixar meus pesares para a família. A Maria era uma amiga de verdade e ficará em meu coração”, disse o aposentado, emocionado.

O pedreiro José Gomes, 57, mora desde 1985 na região e, quando chegou, Maria já morava na cidade. “Eu conversava com ela demais, perguntava como estava e, como resposta, dizia sentir dores nas pernas. Sempre foi muito sozinha, mas tinha os amigos da vizinhança. Estou muito sentido com isso tudo e não há nada de ruim para falar dela”, ressaltou.


Confira o vídeo da entrevista:

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