VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Na luta pela igualdade de gênero

» JAQUELINE FONSECA
postado em 13/08/2020 23:21
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 28/11/19)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 28/11/19)

Uma live realizada, na noite de ontem, discutiu violência de gênero e mídia. O debate foi promovido pela ONG SOS Mulher e Família Uberlândia e recebeu como convidada a jornalista Adriana Bernardes, coordenadora de conteúdo e articulista do jornal Correio Braziliense. A conversa foi mediada por Fernanda Nocam, psicóloga e vice-presidente da ONG, que abordou a responsabilidade social do jornalismo no contexto da violência doméstica.

Adriana Bernardes comentou sobre o desafio diário de questionar atitudes machistas dentro e fora do jornalismo. Ela destacou que esse tipo de cultura está tão presente, que é preciso interferência do Poder Público e todo um arcabouço social para que haja mudança de postura. Como exemplo, mencionou a criança que vive no ambiente de violência doméstica e só conhece esse cenário. “Por isso, precisa que venha a escola para dizer que aquilo não é normal. E só vamos mudar essa cultura machista por meio da educação, com políticas públicas e com cada um buscando e entendendo o seu papel”, defendeu a jornalista.

Adriana chamou a atenção para trabalhos relevantes que deram luz ao tema da violência doméstica, como o especial “Elas no Alvo”. Finalista do 8º Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, a apuração mostrou que as mulheres são agredidas do momento em que nascem até a velhice. Foi revelado, ainda, que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem acusado agressores de bebês por violência doméstica, fato que surpreendeu a própria Maria da Penha, importante nome na luta pelos direitos das mulheres e que deu nome à lei de proteção às vítimas de violência doméstica.

Missão social

Adriana Bernardes também destacou que o Correio Braziliense, onde trabalha há mais de 10 anos, adota linha editorial que tem o objetivo combater a violência de gênero. “O Correio assumiu a missão social de tentar desconstruir essa cultura patriarcal e ter esse zelo com a mulher.”

Após a live, Fernanda Nocam disse que a linha editorial do Correio na luta pela igualdade de gênero dá força e visibilidade à discussão. “Sem os veículos de comunicação como parceiros, seríamos silenciadas enquanto mulheres, ou enquanto instituições. A mídia chega com maior facilidade a um público diversificado, podendo reforçar padrões ou desconstruir”, ressaltou.

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