Câmara

PSol questiona PF sobre treinamento com explosão na Estrutural

Bancada do PSol questiona a Polícia Federal e o Ministério da Justiça sobre operação de treinamento na Estrutural

Correio Braziliense
postado em 14/08/2020 16:29 / atualizado em 14/08/2020 16:44
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

O PSol na Câmara enviou, nesta sexta-feira (14/8), ao Ministério da Justiça um requerimento de informações sobre a atuação da Polícia Federal (PF) em operação de treinamento de 11 de agosto, na região de Santa Luzia, na Estrutural.

Vídeo a que o Correio teve acesso mostra o momento em que um carro pega fogo durante treinamento de agentes da PF, em uma das bases da corporação. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) chegou a ser acionado para conter as chamas, por volta das 18h. Segundo informações da corporação, o incêndio atingiu um veículo velho, usado para o treinamento.

Na filmagem, é possível ver várias crianças no local acompanhando de perto o treino dos policiais. Quando ocorre a explosão, a pouco metros de distância, elas correm. Não se sabe, no entanto, se o incêndio foi programado devido à operação ou se foi um incidente.

O partido cita a reportagem publicada pelo Correio na data do incidente para justificar o pedido. No requerimento, o PSol pergunta, entre outras coisas, se, após a escolha do local, o Governo do Distrito Federal; a Defesa Civil do DF; a Polícia Militar do DF; a Polícia Civil do DF; o Corpo de Bombeiros do DF; ou o Departamento de Trânsito do DF e demais órgãos competentes do Distrito Federal foram informados, como e quando.


A legenda também questiona se existe algum motivo para que operações como estas ocorram nas periferias do DF. Destaca ainda, dados demográficos que comprovam a situação de vulnerabilidade social dos moradores da região.

Segundo dados do Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), a Estrutural tinha, em 2018, aproximadamente 35 mil habitantes. Destes, 76,6% se declararam como pardos ou pretos e cerca de 38,9% tinham ensino fundamental incompleto. A renda domiciliar média era de 1,65 salário mínimo mensal e, a per capita, inferior a um salário mínimo.

Em 11 de agosto, a reportagem entrou em contato com a PF, mas não obteve retorno.

 

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