Há quatro dias, a revisora Maria Aparecida Sales Rodrigues, 56 anos, está sem água no condomínio em que vive, em Vicente Pires. Ela conta que já notificou a situação à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e uma equipe do órgão chegou a ir ao local na última terça-feira (11/8), quando informaram que o registro havia sido fechado devido à problemas de abastecimento na rua 8.
O funcionamento, no entanto, não foi retomado. Após nova reclamação, outra equipe foi até o condomínio na sexta-feira (14/8), quando averiguaram, mais uma vez, a suspensão do fornecimento de água e disseram que informariam a situação aos responsáveis. No entanto, os moradores continuam sem água.
Maria Aparecida relata que, além do inconveniente de não conseguir fazer tarefas básicas do dia-a-dia, sua mãe, que está internada no hospital por desidratação, deve ter alta amanhã e voltar para casa. Com a imunidade baixa, no entanto, ela precisa ser acolhida em um ambiente higienizado adequadamente. “A gente não sabe o que está acontecendo, ninguém resolve nossa situação. Tenho uma criança em casa, tenho uma mãe internada, que talvez saia amanhã, e eu preciso limpar, deixar tudo limpo, porque imunidade dela já está baixa”, relata a moradora.
Além da falta de água, a conta de Maria Aparecida, que costuma ficar por volta de R$ 300, chegou, nesta quarta-feira, por R$ 1362,75. Não é a primeira vez que a conta vem alta em sua casa. Ela relata que no início do ano, ela teve o mesmo problema. A conta chegou no valor de R$ 696. Na ocasião, ela contratou uma empresa de caça-vazamentos para investigar o ocorrido e a contratada disse que não havia nenhuma alteração. A Caesb, no entanto, não acatou a contestação e a consumidora precisou pagar a alta cobrança.
No condomínio composto por oito casas, cada uma com cerca de quatro moradores, vive também Ana Carla, 43 anos, com o marido e duas filhas. A comerciante relata que não tem como fazer a higienização da casa e das pessoas. “A gente já passou por problemas aqui. Como tem muitas obras em Vicente Pires, às vezes eles furam cano. Mas sempre são coisas que resolvem rápido. Dessa vez que está demorando”, avalia.
Em nota, a Caesb explicou que esteve em Vicente Pires na tarde de sábado (15/8) e constatou que a baixa pressão da água foi causada por obstrução na rede, em decorrência das obras que ocorrem na região. Uma equipe da Companhia iria realizar o trabalho de desobstrução, com auxílio de uma retroescavadeira, ainda na noite de sábado.
Em relação ao aumento na conta de água, a Caesb informou que desde 1º de junho, deixou de cobrar pelo consumo mínimo de água de 10m³ por mês. O pagamento dos serviços está sendo feito pelo consumo efetivamente medido de água e de esgoto. Caso o cliente não concorde com o valor cobrado em sua conta, pode solicitar o serviço de aferição do hidrômetro.
Confira a nota na íntegra
A Caesb informa que esteve em Vicente Pires na tarde deste sábado (15) e constatou que a baixa pressão da água foi causada por obstrução na rede, em decorrência das obras que ocorrem na região. Uma equipe da Companhia vai realizar o trabalho de desobstrução, com auxílio de uma retroescavadeira, ainda na noite deste sábado.
Sobre a outra demanda, a Caesb esclarece que, desde 1º de junho, deixou de cobrar pelo consumo mínimo de água de 10m³ por mês. O pagamento dos serviços está sendo feito pelo consumo efetivamente medido de água e de esgoto.
Portanto, o cliente paga pela tarifa fixa de água, pela tarifa fixa de esgoto, pelo consumo variável de água e pelo consumo variável de esgoto.
Pelas novas regras definidas pela Adasa, a nova estrutura tarifária em vigor prevê que o cliente que utilizar a água de forma racional e consciente tenha uma redução em sua conta. A Caesb informa que o cliente que não concordar com o valor cobrado em sua conta pode solicitar o serviço de aferição do hidrômetro. Nesta situação, o serviço é cobrado e deve ser solicitado diretamente pela Central 115.
É importante esclarecer que a Caesb é responsável pelas instalações hidráulicas até o hidrômetro. Já o cuidado com as instalações internas, bem como o acompanhamento de vazamentos e os hábitos de consumo nas dependências do imóvel devem ser mantidos por cada cliente.
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