DF registra 51 mortes

Walder Galvão
postado em 20/08/2020 06:00

O coronavírus continua a avançar no Distrito Federal cinco meses após o início da pandemia. Apenas ontem, a Secretaria de Saúde contabilizou 51 mortes provocadas pela doença e 1.592 pessoas testaram positivo para a covid-19. Com os novos registros, a quantidade de mortos passou para 2.158 e a de diagnosticados, para 141.762. A pasta chegou a anunciar mudança na apresentação da quantidade de vítimas, entretanto, voltou atrás.

Das vítimas da doença, 1.966 moravam na capital e 182, em outras unidades da Federação, mas faleceram em hospitais locais. Apesar disso, 122.752 pessoas estão recuperadas, ou seja, 86,6% dos infectados. Ceilândia, com 16.883 diagnosticados, continua na liderança do ranking das regiões administrativas de maior incidência da doença. Em seguida, aparecem Plano Piloto (11.511) e Taguatinga (10.830).

Ontem à tarde, o secretário de Saúde, Francisco Araújo, informou que ocorreria uma mudança na forma de apresentar a quantidade mortes por covid-19 no Distrito Federal. A mudança, segundo ele, visava evitar “intranquilidade”. Os boletins diários da pasta apresentam o total de óbitos confirmados nas 24 horas anteriores. Os dados podem corresponder à data de divulgação, como também de dias anteriores. Por exemplo, na segunda-feira, a Secretaria de Saúde computou 66 novas vítimas, entretanto, as mortes aconteceram entre junho e agosto. “Estamos fazendo uma mudança no boletim, para que sejam divulgados os óbitos das últimas 24 horas. O dado que precisa ser visto é o da letalidade (relação entre o total de casos confirmados e de pessoas que morreram). A do DF é uma das menores do Brasil”, justificou o secretário.

Entretanto, à noite, em nota oficial, a Secretaria de Saúde voltou atrás e informou ao Correio que continuará com a divulgação diária do número total de vítimas, tanto das que faleceram recentemente quanto das que perderam a vida em outras datas. “Os próximos boletins continuarão informando os óbitos ocorridos nas últimas 24 horas e os ocorridos nos dias anteriores, com a confirmação na data da divulgação”, ressaltou o texto.

Transparência
O epidemiologista da Universidade de Brasília (UnB) Walter Ramalho explica que não é o momento para “baixar a guarda” em relação à pandemia. “A saída para não provocar pânico na população é ter uma boa comunicação com ela e não deixar de divulgar informações. Um diálogo diário, por exemplo, entre o secretário e as pessoas passaria essa tranquilidade desejada”, comentou.

Segundo o especialista, se a população tiver acesso às informações corretas, elas manterão as medidas de segurança necessárias para o enfrentamento da doença, como o distanciamento social. “É direito das pessoas saberem exatamente o que acontece na sociedade”, disse.

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