O homem acusado de estuprar uma criança de 6 anos pode ter feito, pelo menos, mais outras duas vítimas, segundo apontam as investigações da polícia. Na madrugada desta quarta-feira (19/8), policiais da 29ª Delegacia de Polícia cumpriram o mandado de prisão temporária contra o suspeito de 52 anos. O Correio flagrou o momento da prisão do suspeito.
Após a repercussão do caso do estupro contra a criança, uma sobrinha do acusado procurou a polícia para relatar sobre os abusos, que teriam ocorrido quando ela tinha 6 anos. A jovem contou que morava com os pais e os irmãos no mesmo lote que a avó paterna e o suspeito.
Em depoimento, ela diz ter se recordado de um dia em que estava deitada no sofá, no momento em que o tio a teria colocado a mão dentro do vestido e tocado as partes íntimas. Após isso, a menina se levantou, assustada, e correu. De acordo com o delegado à frente das investigações, Rafael Catunda, há indícios de que uma outra jovem teria sido vítima do suspeito.
O caso
O suspeito foi preso nesta quinta-feira. Após abusar da criança de 6 anos, ele fugiu para Itumbiara (GO). Sabendo que ele retornaria de viagem nesta madrugada, policiais fizeram campana na Rodoviária Interestadual de Brasília, mas o acusado desceu em outro terminal.
Por meio dos serviços de inteligência, os investigadores descobriram que o homem estava no Riacho Fundo e conseguiram capturá-lo. Segundo a apuração policial, ele era ex-companheiro da avó da vítima. No dia do crime, a idosa teria flagrado o suspeito acariciando as partes íntimas da neta, que estava sem calcinha. Na ocasião, ele se surpreendeu e desconversou, alegando que estava apenas cobrindo a criança.
"A vítima afirmou à avó que estava com as partes íntimas doendo. Na manhã do dia seguinte, na quarta-feira (12/8), a companheira confrontou o suspeito novamente. Ele não disse nada e fugiu pela janela da residência, apenas com a roupa do corpo e os documentos pessoais", detalhou o delegado.
O Correio apurou que o acusado trabalhava em uma creche. De acordo com a apuração policial, o homem atuava como motorista administrativo na instituição e passava a maior parte do tempo ao lado de crianças. Até o momento, não há registros de que ele tenha abusado de crianças que frequentam a creche, mas os investidores não descartam a possibilidade. No entanto, segundo a polícia, o estabelecimento não teria colaborado com as investigações. “Eu pedi pra eles entrarem em contato com o suspeito e dizer que ele tinha que ir à creche assinar alguns papéis, mas se negaram e falaram que tinha que esperar 15 dias de ausência injustificada pra demitir por justa causa. Contudo, ontem, o acusado me disse que havia pedido demissão, ou seja, mentiram para mim”, garante o delegado.
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