Saúde

Rotavírus: vacinação é essencial para crianças menores de 5 anos

Doença atinge crianças menores de cinco anos. Vacinação está disponível na rede pública de saúde. Saiba quais os sintomas e como prevenir

Correio Braziliense
postado em 21/08/2020 11:44 / atualizado em 21/08/2020 11:44
A vacina contra o rotavírus deve ser aplicada em duas fases e está disponível na rede pública -  (crédito: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)
A vacina contra o rotavírus deve ser aplicada em duas fases e está disponível na rede pública - (crédito: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

Os pais de crianças menores de 5 anos precisam ficar atentos à vacinação para prevenir os filhos da doença diarreica aguda (DDA), causada pelo rotavírus, um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas em crianças em todo o mundo. Além disso, ele é responsável por gerar surtos em pré-escolas, berçários, creches e hospitais.

Para prevenir, a Secretaria de Saúde oferece, na rotina de todas as unidades básicas de saúde (UBS), a vacina que previne a doença diarreica causada pelo rotavírus. A proteção, aplicada de forma oral, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.

O esquema de vacinação funciona da seguinte forma: duas doses devem ser dadas, a primeira aos dois meses de idade e a segunda aos quatro meses. Mas também é permitido que a primeira dose seja aplicada a partir de um mês e 15 dias até três meses e 15 dias. Já a segunda dose pode ser dada a partir de três meses e 15 dias, até os sete meses e 29 dias de idade. O intervalo mínimo entre cada uma deve ser de 30 dias.

Cobertura vacinal

A cobertura vacinal tem diminuído ao longo dos anos no Distrito Federal, no entanto, a vacinação é essencial. Em 2017 foi de 86,9%, em 2018 chegou a 86% e, em 2019, alcançou 84,2%.  A meta estabelecida pelo Programa Nacional de Vacinação é de 90%.

Enquanto isso, quando se trata de doença diarreica aguda, os números demonstram uma expressiva quantidade de casos no DF. Entre 2017 e 2019, foram atendidas nas unidades de saúde da rede pública 26.702 crianças menores de cinco anos. Esses dados são inseridos semanalmente no Sistema de Informação de Vigilância das Doenças Diarreicas Aguda (Sivep-DDA) pelas equipes da vigilância epidemiológica hospitalar e das regiões de saúde.

Apesar disso, entre 2017 a 2019 foram notificados apenas nove casos suspeitos de rotavírus, sendo que apenas três foram confirmados, demonstrando que há uma subnotificação no Distrito Federal. Por isso, é recomendado que, em casos de diarreia aguda em crianças menores de cinco anos, sejam coletadas amostras de fezes para análise e diagnóstico.


Transmissão

O rotavírus é eliminado em grande quantidade pelas fezes do doente, sendo a transmissão pela via fecal-oral ou por contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. A água e os alimentos contaminados também podem ser fontes de transmissão do rotavírus.

O intervalo entre a contaminação e o aparecimento da doença varia de um a dois dias.

Sintomas

Os principais sinais e sintomas da doença são:

  •  Diarreia abundante (de três a oito dias);
  • Vômitos;
  • Febre alta;
  • Dores abdominais.

Além disso, uma das complicações da doença é a desidratação grave, que, se não for tratada de forma precoce e adequada, pode ser fatal.

O que fazer quando aparecerem os sintomas?

Quando os sintomas aparecerem, o paciente deve procurar o quanto antes a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.

Outra dica é com relação à alimentação da criança, que não deve ser interrompida. Ela precisa ser mantida e oferecida habitualmente, com os intervalos menores entre as refeições. As porções dos alimentos deverão ser menores, dando preferência aos de maior aceitação pela criança.

Prevenção

  • Descartar adequadamente as fezes ou fraldas contendo material fecal;
  • Lavar as mãos antes de preparar os alimentos, antes das refeições, antes e após a troca de fraldas das crianças e antes e após usar o banheiro;
  • Lavar e ferver as mamadeiras e chupetas/bicos antes do uso;
  • Tratar toda água para consumo humano com hipoclorito de sódio a 2,5% (duas gotas para cada litro de água – deixar em repouso por 30 minutos antes do uso) ou com fervura, onde não exista sistema público de tratamento de água;
  • Guardar a água tratada em vasilhas limpas e tampadas;
  • Manter as superfícies da cozinha sempre limpas;
  • Lavar e desinfetar os alimentos crus, como as verduras e hortaliças com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% durante 30 minutos (uma colher de sopa para cada litro de água);
  • Cozinhar bem os alimentos;
  • Guardar os alimentos cozidos separados dos alimentos crus;
  • Manter o lixo em locais próprios e bem fechados;
  • Incentivar o aleitamento materno, principalmente durante os primeiros seis meses de vida. Isso aumenta a resistência das crianças contra doenças, inclusive as diarreias agudas

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