A Secretaria de Saúde publicou, nesta quarta-feira (26/8), comunicado sobre importância do monitoramento de insetos como o barbeiro para evitar a transmissão da Doença de Chagas no Distrito Federal e aconselhou população que, em caso de suspeita, entre em contato com a Vigilância Ambiental.
A orientação é de que o indivíduo capture (sem adicionar álcool ou água) o possível barbeiro envie para um Posto de Identificação de Triatomíneos mais próximo para que a Vigilância Ambiental dê início à investigação. ”A amostra seguirá para laboratório para identificação. Se for confirmado o barbeiro, o agente agendará uma visita/inspeção na casa do morador e, se necessário, aplicará as medidas indicadas para o controle”, informou a pasta.
Na capital, o monitoramento da espécie é feita pelas áreas da Vigilância Ambiental, com investigação dos locais de incidência dos barbeiros; pela Vigilância Epidemiológica, na investigação e notificação dos infectados; e na assistência, para o tratamento dos doentes. Segundo levantamento, entre os anos de 2014 e 2019, foram identificados três casos agudos da doença, todos oriundos de outras unidades da federação.
Também foram encontradas sete espécies de barbeiros: entre os anos de 2007 e 2019 foram identificados 2,7 mil insetos da espécie, sendo que 97% estavam na zona rural e apenas 3%, na área urbana. Os barbeiros foram localizados em 27 das 31 regiões administrativas existentes nesse mesmo período.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) ainda não registrou nenhum caso, em investigação ou confirmado, da doença em 2020, mas, segundo a pasta, os dados ainda não foram finalizados pela área.
Sintomas
Os sintomas aparecem em duas fases: a aguda e a crônica. Na fase aguda, o paciente pode ter febre por mais de sete dias, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas. Já na fase crônica, o tratamento é sintomático.
De hábitos noturnos, o barbeiro alimenta-se de sangue, seja humano ou animal, e, enquanto pica o indivíduo, o abdômen se expande comprimindo o intestino e fazendo com que saiam as fezes que podem estar contaminadas pelo protozoário.
Outra forma de contaminação é por meio de transfusão sanguínea, transmissão materna, transplantes de órgãos, alimentos contaminados, entre outros.
“Os pacientes que tiverem sintomas ou desconfiarem que foram picados pelo barbeiro devem buscar atendimento em uma unidade básica de saúde ou, se estiver com sintomas graves, procurar a emergência de um hospital. Feito o diagnóstico da doença, o paciente fará o tratamento com acompanhamento das equipes de saúde até o desfecho do caso. O hospital de referência no DF para o tratamento da doença de Chagas é o Hospital Universitário de Brasília (HuB)”, informa a Secretaria de Saúde.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.