Com os estudantes impedidos de comparecer ao ambiente escolar devido ao fechamento dos colégios por conta da pandemia do novo coronavírus, cuidar da saúde mental de crianças e adolescentes tornou-se tão importante quanto dar sequência ao processo educacional desses alunos. A análise é da especialista em educação infantil Sara Cristina Azevedo, que participou, ontem, da segunda live do projeto Novas Diretrizes da Educação, promovida pelo Correio.
Com 17 anos de experiência na educação básica, a professora disse que o período longe da escola e sem a interação presencial com colegas e professores, forçado pela crise sanitária, pode mexer com o emocional dos alunos, fazendo com que eles desenvolvam ansiedade e outras sentimentos negativos. Segundo ela, para ajudar o estudante, família e escola devem trabalhar em conjunto.
“A ansiedade é uma coisa que nos tira a tranquilidade. Mas, quando percebemos que a criança está assim, temos de entender o que está causando esse sentimento, se é por conta da aula on-line ou da distância dos amigos, por exemplo. A partir daí, podemos trabalhar esse problema junto com a criança e cuidar dela, combinando a melhor alternativa para diminuir essa sensação”, explicou Sara Cristina.
De acordo com a professora, a partir do momento em que os pais identificam os gatilhos que deixam o filho incomodado, fica mais fácil saber como agir para combater o problema. Uma forma de aliviar a pressão é aproveitar o tempo maior de convívio familiar para deixar o ambiente mais leve.
“O adulto também está recolhido. Assim, a gente tem de tentar trazer para dentro de casa algumas coisas que, antes, aconteciam esporadicamente. Tem adolescente que adora cozinhar, por exemplo. É a oportunidade que ele tem de sair do ambiente on-line de aprendizagem para ter um pouco de tranquilidade e harmonia. Isso vai fazer com que, emocionalmente, ele se sinta acolhido e produza melhor”, ressaltou a especialista.
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