Protestos

Segundo ônibus é incendiado no Assentamento 26 de Setembro

Operação do DF Legal é marcada por conflito em segundo dia seguido, com ônibus incendiados e confrontos violentos

Jaqueline Fonseca
postado em 27/08/2020 18:46 / atualizado em 27/08/2020 21:30
Ônibus incendiado nesta quinta não tinha passageiros -  (crédito: Reprodução Redes Sociais )
Ônibus incendiado nesta quinta não tinha passageiros - (crédito: Reprodução Redes Sociais )

O décimo dia de operação para retirada de construções no Assentamento 26 de Setembro foi marcado, mais uma vez, por conflitos. É o segundo dia seguido de manifestações e confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar (PMDF), que dá apoio à operação do DF Legal.

Um ônibus foi incendiado na DF-001. Por volta das 16h30, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender à ocorrência e apagar o fogo. Foi o segundo dia de seguido de conflito com coletivo queimado. Ontem o ônibus tinha 50 passageiros.  Hoje, segundo informou a PMDF, estava vazio. 

A PMDF informou, ainda, que, ao chegar, os policiais foram recebidos com pedras, paus e que houve queima de pneu. “Foi necessário o uso do policiamento de choque, tanto o ligeiro, como o montado para dispersão dos manifestantes. Não houve feridos relatados em nenhum dos lados e ninguém foi preso. Uma viatura teve o vidro quebrado e a PMDF conseguiu localizar através do helicóptero e apreender diversas materiais que seriam usados para o enfrentamento pelos manifestantes”, disse a corporação em nota.

O DF Legal realiza desde o dia 18 de agosto a operação Pronto Emprego. Mais de 344.400m² já foram desocupados na região. “As ações das operações no assentamento 26 de Setembro restringem-se à remoção de edificações em fase inicial de construção não habitadas, e de cercamentos, muros, guaritas, postes, cisternas, poços artesianos clandestinos e bases”, segundo o DF Legal.

Em entrevista à Tv Brasília nesta quinta-feira (27/08), o presidente da Associação de moradores do 26 de setembro, Miguel Rodrigues, disse que mora há cerca de 20 anos no local e nunca viu ação tão violenta. "Quero deixar bem claro que nós moradores não apoiamos, em 23 anos nunca teve carro queimado essas coisas," disse. 

 

 

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