ENTORNO

Pais são suspeitos de matar bebê de 5 meses

Sarah Peres
postado em 27/08/2020 23:03

O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Novo Gama (GO) prossegue, hoje, com as buscas pelo corpo do bebê de cinco meses, que teria sido morto e enterrado pelos próprios pais, em um descampado na área de Santa Maria. O crime ocorreu em março, no município do Entorno, distante cerca de 40km do Distrito Federal, mas só foi descoberto na última quarta-feira, após uma denúncia anônima. O Corpo de Bombeiros de Goiás auxilia na operação.

O casal suspeito do crime — uma adolescente de 16 anos, e o companheiro dela, de 21 — é investigado pelo homicídio e pela ocultação de cadáver do filho. Os acusados moravam no bairro Pedregal, mas tinham se mudado para o Lago Azul, pouco após o nascimento do menino. Nos últimos dias, eles retornaram para a primeira residência, mas sem o bebê. A situação causou estranheza aos vizinhos, que acionaram o Conselho Tutelar de Novo Gama e a Polícia Civil.

A dupla já tinha sido denunciada anteriormente pelos maus-tratos ao bebê, após ele ficar 29 dias internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI), com pneumonia. Quando as autoridades souberam do desaparecimento da criança, levaram a mãe e o pai para interrogatório, na quarta-feira, como explica o delegado responsável pelo caso, Danillo Martins.

“Eles alegaram que o filho estava muito doente e, um dia, acordaram e ele estava morto. Alegando estarem assustados com o que ocorreu com a criança e, com medo, decidiram enterrar o menino nessa área de Santa Maria”, esclarece o investigador do GIH.

Morando próximos à avó materna da criança, os suspeitos mentiam sobre o paradeiro do filho, como relata a mulher, sob condição de anonimato. “Achava que o neném estava com a avó paterna, em Taguatinga, porque era o que eles me diziam. A última vez que o vi foi em março, ainda muito bebê. Sempre que eu perguntava do neném, eles diziam que estava bem, mas não estendiam o assunto. Eu jamais poderia pensar que algo assim teria acontecido”, afirma.

Na delegacia, os pais confessaram a ocultação do cadáver, mas afirmaram que o garoto teria morrido por causas naturais. O Grupo de Investigações de Homicídios, entretanto, não acredita na versão apresentada pelos suspeitos. “Continuamos as buscas pelo corpo da vítima para podermos, de fato, confirmar o que ocorreu. Enquanto isso, prosseguimos interrogando os suspeitos e coletando depoimentos de testemunhas, como familiares, amigos e vizinhos”, finaliza o delegado Martins.

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