No quinto de mês de enfrentamento à pandemia da covid-19, o Distrito Federal passou das 2,4 mil mortes provocadas pela doença. Ontem, a Secretaria de Saúde contabilizou 26 óbitos e 1.610 novas infecções. Com os registros, a capital chegou a 2.425 vítimas da covid-19 e 156.863 notificações. Apesar da incidência, as vagas em unidades de terapia intensiva (UTI) estão menos sobrecarregadas.
Das novas mortes computadas, duas aconteceram ontem. Segundo informações da Secretaria de Saúde, as vítimas moravam em Santa Maria e em Goiás, tinham mais de 50 anos e ambas eram portadores de comorbidades — outras doenças que agravam os sintomas da covid-19. Além disso, do total de óbitos, 2.223 são de moradores da capital e 202 de pessoas que viviam em outras unidades da Federação, mas morreram em hospitais locais.
Ceilândia segue como a cidade de maior incidência da covid-19. São 19.268 notificações da doença. Em seguida, aparecem Plano Piloto, com 12.490 casos, e Taguatinga, com 12.379. Desde o início da pandemia, 137.775 recuperaram-se do novo coronavírus, quase 90% do total.
Na rede pública, 67,71% das UTIs estão preenchidas. São 474 pacientes e 730 vagas. No sistema privado, a sobrecarga é maior. A taxa de ocupação está em 85,49%, com 219 internações e 265 leitos. Apesar da disponibilidade, há 14 pessoas à espera de uma vaga — sete estão hospitalizadas e aguardam o tratamento específico e o restante espera para dar entrada em uma unidade de saúde.
Dados
Em 19 de agosto, o secretário de Saúde, Francisco Araújo, afastado após ser preso por suspeita de fraude na compra de testes da covid-19, informou que a pasta mudaria a metodologia na apresentação dos dados de mortes provocadas pelo novo coronavírus. De acordo com ele, a medida seria para evitar “intranquilidade’ da população. Entretanto, ontem, a Justiça concedeu liminar contra a alteração.
A desembargadora Diva Lucy de Faria Pereira, do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), decidiu que ocorra a divulgação diária dos dados epidemiológicos relativos à pandemia. Dessa forma, a Secretaria de Saúde precisará voltar a usar a metodologia antiga. A liminar foi concedida a partir de mandado de segurança impetrado pelo deputado Chico Vigilante (PT), na última terça-feira. Na prática, a pasta parou de apresentar detalhes de mortes que não aconteceram nas últimas 24 horas, mas o total ainda era disponibilizado.
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