MORTE APÓS CHOQUE

Família quer o fim dos carregadores falsificados

A família do estudante João Vitor Domat Remus, 13 anos, pretende entrar com uma ação na Justiça pedindo a retirada dos carregadores falsificados de celular de circulação. O adolescente morreu, em 6 de agosto, após levar um choque ao encostar no plug macho de um aparelho que quebrou, dentro de uma extensão, com poucos dias de uso. Os pais do menino esperam o resultado da perícia para entrar com uma ação no Ministério Público pedindo a suspensão da venda de carregadores sem comprovação do Inmetro.
O pai do adolescente, Frederico Remus, 47, contou com exclusividade ao Correio que, no início da pandemia, a família, moradora do Sudoeste, foi passar uma temporada em Tocantins (TO), onde ele tem um negócio. Na noite de 28 de julho, a irmã de João Vitor estava usando o carregador em uma extensão, quando o menino pediu para utilizar o cabo. “Ela tirou o carregador e entregou a extensão para ele, mas ninguém viu que o carregador havia quebrado, e parte dele ficou na tomada da extensão. Quando ele ligou a extensão na tomada e foi conectar o outro aparelho, acabou levando o choque”, detalhou. Ele precisou ficar na UTI por 10 dias. No dia 6, ele teve uma morte encefálica. O enterro ocorreu no último sábado.