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Vacina contra HPV está disponível de graça para população de 9 a 14 anos

Com baixa adesão do público alvo, Secretaria de Saúde do DF destaca a importância da imunização contra o papilomavírus humano, que pode causar desde verrugas genitais até cânceres

Com a possibilidade de que ao menos metade da população tenha contato com o papilomavírus humano (HPV) em algum momento da vida, segundo estudos, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para a importância da imunização contra esse micro-organismo.

Além de causar câncer no colo do útero, no pênis, na laringe e no ânus, a infecção pelo HPV preocupa por também se manifestar de forma assintomática. Além disso, é possível que um paciente sem sinais de contaminação transmita o vírus a outras pessoas por meio da relação sexual.

No Distrito Federal, é possível encontrar doses da vacina contra o HPV nas unidades básicas de saúde (UBSs). O público-alvo são meninas entre 9 e 14 anos, além de meninos de 11 a 14 anos. A imunização ocorre por meio de aplicação de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.

A SES-DF observa que a cobertura vacinal desses dois grupos está em queda. De 2013 a 2019, 47,8% das meninas receberam as duas doses. De 2017 a 2019, apenas 28,4% dos meninos foram imunizados. A medicação injetável protege contra quatro tipos do vírus, dois de baixo risco e dois mais perigosos, capazes de provocar câncer.

 

Rafael Ottoni/SES-DF - Pacientes infectados podem não apresentar sintomas
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Joe Raedle/AFP - 21/9/11 - Até então, a imunização do HPV era feita em meninas de 9 a 13 anos. A partir deste ano, os garotos de 12 e 13 serão vacinados

Campanhas suspensas nos colégios

Além da baixa procura pelas unidades de saúde por parte de adolescentes, a tentativa de vacinação do público-alvo nas escolas enfrentou obstáculos por parte de pais de estudantes, que não autorizaram a imunização. As campanhas acabaram suspensas nos colégios.

Segundo a SES-DF, a vacina é a medida mais eficaz de proteção, pois o preservativo nem sempre garante proteção contra a infecção sexualmente transmissível (IST). Vírus presentes em condilomas — conhecidos como verrugas — genitais podem ser transmitidos, por exemplo, pelo contato da pele em partes que a camisinha não alcança.

Mesmo contaminadas, apenas 5% das pessoas desenvolvem alguma forma de manifestação da doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Esses sinais incluem desde verrugas nos órgãos genitais ou na pele em volta deles a tumores malignos. Os sinais não visíveis a olho nu podem ser constatados por meio da realização de exames específicos.

A realização de exames clínicos regularmente é a melhor forma de garantir a detecção precoce do HPV. As avaliações envolvem a observação da presença de verrugas, rastreamento por meio do Papanicolau, a colposcopia e a peniscopia. Todos podem ser realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)