Pandemia

Coronavírus: estudo prevê mais 3 mil mortes até dezembro

O boletim quinzenal do grupo de pesquisadores do PrEpidemia mostra que, em um dos cenários de evolução da pandemia, a capital pode chegar a 3.121 mortes até 31 de dezembro. O número pode alcançar 3.842 mortes caso haja retorno das aulas

O boletim quinzenal do grupo de pesquisadores do Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia) mostra que em um dos cenários de evolução da pandemia, a capital pode chegar a 3.121 mortes até 31 de dezembro. O número pode alcançar 3.842 mortes caso haja retorno das aulas em 1º de setembro.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores adotaram variáveis como a evolução da doença na população do Distrito Federal desde março a agosto e a taxa de isolamento social. A estimativa é de que com o contínuo crescimento atual, a capital mantenha reprodução da doença entre os moradores.

Segundo o boletim, a volta às aulas tem potencial para aumentar o número de infectados devido ao maior contato entre indivíduos. Baseado nos estudos do PrEpidemia, divulgado em relatório referente ao retorno das aulas, o DF apresentou queda de 30% no número de reprodução da covid-19, após o fechamento das escolas (em março). Com a reabertura das escolas, a porcentagem afetaria o número de vítimas pela covid-19.

Além disso, o documento confirma que o DF passou pelo pico de infectados e ressalta que houve uma estabilização no nível de transmissão da doença. O congelamento, porém, está atrelado ao aumento da imunidade da população, o que indica que grande parte dos indivíduos já foram contaminados.

Entre as recomendações ao governo local, os pesquisadores apontam o investimento em inteligência epidemiológica, por meio de entrevistas dos indivíduos que tiveram confirmação de infecção recente para identificar os possíveis locais de contaminação; foco na inteligência geográfica como instrumento de análise e apoio na compreensão da dispersão da contaminação por região e adoção de atividades educativas e conscientização da população sobre isolamento social e medidas de higiene.

Regiões

O estudo observou que quanto maior o nível de criticidade das regiões do Distrito Federal - foram consideradas apenas as que registraram mais de 90 casos - maior é a taxa de novos casos por dia. A proporção mostra que uma pessoa infectada em uma região com evolução elevada da doença contamina um grupo maior de pessoas.

Das 31 Regiões Administrativas apresentadas no boletim, duas apresentaram alteração no grau de criticidade: Varjão e Fercal, em estado de alerta. As demais registraram grau de atenção.