Haverá eleição no fim do ano para a mesa diretora da Câmara Legislativa. O senhor vai participar do processo? Vai apoiar a reeleição do deputado Rafael Prudente?
Ele têm o direito de concorrer. Se ele for candidato, apesar de eu não ter voto lá, eu tenho que manifestar meu apoio, até porque ele é do meu partido e é uma pessoa que tem um trabalho dentro da Câmara Legislativa reconhecido por vários dos seus colegas.
Como o senhor avalia a relação com a Câmara Legislativa até agora?
Eu não tenho nenhum problema com a Câmara Legislativa. Desde o início, já foram votados, segundo informações da nossa assessoria, mais de 700 projetos e eu só tive esse projeto (do Refis) rejeitado.
O orçamento federal começará a ser discutido no Congresso. O senhor já se reuniu com a bancada do DF para definir as emendas?
A bancada federal tem sido muito honesta e correta com o GDF. Eles têm nos convocado todas as vezes. A gente apresenta um caderno de necessidades e eles escolhem dentro das linhas deles os projetos. Todos eles, da situação ou oposição, têm sido muito corretos. As minhas prioridades são algumas obras de mobilidade e infraestrutura, como viadutos, que estamos trabalhando para colocar em licitação e vamos precisar de recursos para complementar e finalizá-las. Na educação, temos escolas que precisam ser reconstruídas. Na saúde, nós temos que continuar as reformas nos hospitais e pensar também na construção de mais um grande hospital, que seria o hospital do centro-sul, localizado no Guará.
Alguns dos seus opositores aproveitaram essa crise na saúde para começar a viabilizar candidaturas ao GDF para 2022. O senador Izalci Lucas e a deputada federal Paula Belmonte já são citados nos bastidores. Como o senhor está vendo isso?
É natural. É do jogo da democracia. Eu não posso pensar que, caso venha a me candidatar, e não decidi isso, que vou concorrer sozinho. Eles são do mundo político. É natural que eu tenha opositores, que eles façam suas campanhas e busquem bases para montar uma candidatura. Não vejo problema nisso e também não vejo impacto disso na colocação de recursos das emendas deles para o DF, até porque é uma forma que eles têm de mostrar trabalho para a população. Na minha conta, vamos ter uns oito candidatos em 2022, como tivemos na última eleição.
O senhor não decidiu se vai se candidatar à reeleição, mas pretende fazer isso?
Quem diz se vou ser candidato ou não, não sou eu, mas exatamente a população. Eu vi aqui, ao longo dos últimos 10 anos, alguns que se colocaram como candidatos com potencial de aprovação muito baixo. Então, não adianta querer forçar candidatura. No meu caso, ainda é mais tranquilo. Posso voltar para o meu escritório, para as minhas atividades. Eu não vivo da política. Não quero viver da política. Gosto, não posso negar que estou gostando, mas não é uma determinação.
O senhor falou que está gostando da política, mas como foi pegar uma pandemia dessas?
Machucou muito, eu posso lhe garantir que eu preparei o Distrito Federal com várias leis com aprovação, redução de tributos, vários projetos de desburocratização. Eu preparei o DF para que esse ano a gente tivesse um voo muito bem mais alto. Com isso tudo, eu não posso dizer que não machuca, porque há uma quebra de expectativa, inclusive minha. Aconteceu e eu não posso negar que aconteceu, mas vou eu vou ter que rebolar para resolver o problema.
No início do seu mandato, o senhor foi citado como uma das apostas — inclusive do MDB — para voos mais altos, até a Presidência da República. O senhor ainda tem esse projeto?
Não, esse nunca foi um projeto meu. Repito: não posso negar que eu estou gostando da política. Se eu tiver que concorrer na próxima eleição por vontade própria, seria para uma reeleição. Eu acho que o (presidente Jair) Bolsonaro está muito bem, e digo isso desde o ano passado. O presidente está bem colocado nas pesquisas e está com um trabalho muito bem-feito em plena pandemia, em especial no que se diz respeito às pessoas mais pobres. Falo isso porque conheço o Nordeste, conheço o pensamento. (AP e DR)
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