Nilo Penetra era um dos nomes que criaram a cena do samba de Brasília, um compositor com cançoes gravados por Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Jorginho do Império. Carioca, servidor aposentado do Superior Tribunal de Justiça, morador de Brasília desde a década de 1960, Nilo morreu ontem pela manhã, deixando mulher e dois filhos. A causa do óbito não foi divulgada, mas, segundo o amigo e radialista Luiz Ayiô, pode ter sido em decorrência da covid-19.
Entre os sambas que têm Penetra como coautor estão Exaustino, incluído no CD Zeca Pagodinho 2 — Gafieira, de 2000; Nosso samba tá na rua, que deu o título ao álbum, gravado ao vivo e lançado em 2011 por Beth Carvalho; e Paixão na veia, que Jorginho do Império gravou em 2017. Outras composições dele eram ouvidas em rodas de samba da capital.
“Conheci o Nilo em 2007. Nos tornamos amigos e, levado por ele, passei a frequentar rodas de samba na Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro e Taguatinga. O via como um compositor intuitivo e dono de grande criatividade. Nos locais onde íamos, recebia sempre acolhida carinhosa dos sambistas, também, pelo seu carisma”, ressalta Luiz Ayiô. “Um outro amigo dele é Carlos Elias. Mesmo distante do eixo Rio-São Paulo, tinha o talento bem assimilado por nomes destacados da MPB”, acrescenta.
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