Operação pode derrubar administrador do Sol Nascente
A Operação Grilo, deflagrada ontem por policiais da 23ª DP, investiga a participação de servidores públicos em grilagem de terras em Sol Nascente. A administração regional foi alvo de busca e apreensão. Essas suspeitas podem derrubar o administrador da região, Goudim Carneiro. Entre integrantes do governo, a aposta é de que o deputado Fernando Fernandes (Pros), que tem base eleitoral entre moradores do Sol Nascente, assuma o encargo.
Mercado municipal em Ceilândia
O administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí, teve uma reunião, ontem, na Novacap, para conhecer o projeto do Mercado Municipal de Ceilândia. Será erguido onde hoje funciona a Feira Central com a pretensão de se tornar um ponto turístico. As barracas serão transformadas em lojas e a administração deve ser dos próprios feirantes.
Mundo virtual
A Secretaria de Educação prepara-se para gastar R$ 30 milhões com a contratação de serviços de internet para os estudantes da rede pública do DF.
Refis na pauta de novo
Depois de rejeitarem a proposta de Ibaneis Rocha de criar um Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do DF (Refis) com facilidade de pagamento de dívidas, os deputados distritais mobilizam-se para retomar o debate ainda nesta legislatura. O texto do Executivo foi alvo de diversas críticas e não conseguiu os 16 votos necessários à aprovação. Na sessão da Câmara de ontem, o deputado Delmasso (Republicanos), aliado do governo, levantou a ideia de uma nova votação.
Só papos
“Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas”
Presidente Jair Bolsonaro, na Assembleia-geral da ONU
“Liderar é apontar soluções. É ter capacidade de atrair. É covardia culpar índios e caboclos pelo caos resultante da descoordenação ambiental do país. E não é verdade que o Brasil ultimamente tem atraído investimentos estrangeiros. O próprio Banco Central mostra o contrário”
Apresentador Luciano Huck, considerado potencial candidato à Presidência
À QUEIMA-ROUPA
Presidente da Associação Comercial do DF, Fernando Brites
Na sua opinião, a ação de retirada de moradores de rua do Setor Comercial Sul foi uma medida acertada?
Nós tivemos um trabalho altamente civilizado, altamente humano, realizado pela Secretaria de Segurança Pública. Pela primeira vez, nós vimos uma Secretaria de Segurança Pública dialogando com as pessoas, chamando as pessoas para oferecer formação profissional, oferecer a eles documentos e tudo quanto eles precisassem. Isso é uma coisa louvável. A gente não conhece um trabalho com esse padrão de qualidade feito pela Secretaria de Segurança Pública.
Por que, na sua opinião, houve resistência?
O que acontece é que no Brasil muitas pessoas fazem negócios em cima da desgraça alheia. Muita gente se aproveita disso para buscar recursos de governos. Buscar donativos e uma série de coisas e sobrevivem com isso. Não estou acusando ninguém porque a gente sabe que essas figuras existem, mas não podemos afirmar o nome de ninguém.
É uma ação política? Na Câmara Legislativa houve um debate e a oposição reclamou muito da ação...
A oposição não tem hoje uma pauta definida. Na verdade, não é exatamente a oposição. É a esquerda radical. A pauta deles faliu. Então, hoje eles vão buscar motivo para sobreviver exatamente em cima da miséria alheia. Isso é inoportuno. Não é sério. Um dia uma pessoa estava defendendo assistência social... Mas não existe melhor assistência social do que dar dignidade e cidadania às pessoas. Só se consegue isso com duas coisas: emprego e renda. Muita gente não vai querer. É uma opção. Quer viver na miséria? Vai viver na miséria.
Entre os moradores de rua ali instalados, havia criminosos que ofereciam risco?
Quem trouxe essa tragédia para o Setor sul foi uma coisa chamada Caps (Centro de Atenção Psicossocial). O Caps é uma tragédia que se abateu sobre o Setor Comercial Sul. Quando as pessoas saem de lá o que acontece? Tem alguém do lado de fora vendendo droga. Já aconteceu de a gente constatar que a pessoa pega uma quentinha e vende por três ou quatro reais para comprar uma pedra de craque ou um cigarro de maconha. A gente tem que trabalhar com a realidade. Não podemos trabalhar com a fantasia. Essas pessoas precisam ser orientadas. Precisam ser tratadas.
E retirar os moradores de rua era uma reivindicação da comunidade do Setor Comercial Sul?
Nós não queremos o CAPS ali. Ali não é lugar para o CAPS. As pessoas não moram no Setor Comercial Sul. Existe uma ladainha de que Setor Comercial é uma área central. Mas, essas pessoas podem ser atendidas em outro lugar. Mas não podemos mostrar para as pessoas que visitam Brasília que aqui nós temos uma Cracolândia a 300 metros da Esplanada dos Ministérios. Isso é uma vergonha. O Setor Comercial Sul é uma relíquia da cidade. Foi onde tudo começou.
Essa área, que já foi a mais valorizada de Brasília, está decadente. Qual é a solução?
Hoje, é a área mais desvalorizada de Brasília. Por quê? Porque os governos de Brasília negligenciaram. Nós temos que levantar o chapéu para esse governo que está aí, que comprou a ideia que nós levamos para eles de criar ali uma rua 24 horas. Foi um projeto em parceria com a UnB e que não saiu do papel porque o governo de esquerda que estava aí criou tanto embaraço que que a gente acabou se cansando de lutar. Em março do ano passado, numa reunião, eu disse ao governador que tinha um projeto de 24 horas para aquela área e ele me perguntou: “Onde que eu assino?”. Eu disse: “A agenda é sua”.
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