Falso Negativo

Investigado por fraude na Saúde, Iohan Andrade é transferido para a Papuda

Inicialmente, o ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde ficará no Centro de Detenção Provisória II (CDP II), onde permanecerá por 14 dias

Darcianne Diogo
postado em 24/09/2020 12:24 / atualizado em 24/09/2020 12:45
Iohan estava foragido desde que a operação Falso Negativo foi deflagrada -  (crédito: Reprodução / Facebook)
Iohan estava foragido desde que a operação Falso Negativo foi deflagrada - (crédito: Reprodução / Facebook)

O ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do Distrito Federal Iohan Andrade Struck foi transferido, na manhã desta quinta-feira (24/9), para o Complexo Penitenciário da Papuda. Acusado de participar de suposto esquema de fraudes na compra de testes para covid-19, ele permaneceu foragido entre 25 de agosto e esta terça-feira (22/9).

Nessa quarta-feira (23/9), Leila Cury, juíza da Vara de Execuções Penais (VEP), decidiu sobre a transferência do investigado. Ele estava detido na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) e, agora, seguirá para a ala de vulneráveis da Papuda.

De acordo com a decisão da Justiça, Struck ficará no bloco 15 do Centro de Prisão Provisória II (CDP II) por 14 dias. A medida é necessária para evitar possível disseminação do novo coronavírus. Em seguida, caso a contaminação seja descartada, ele seguirá para a ala G, do bloco F, da Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), o setor de presos vulneráveis.

Por meio de nota oficial, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) informou que todo novo reeducando recebe atendimento de equipe multidisciplinar, formada por profissionais de saúde. Passa por triagem com aferimento de pressão arterial, glicemia, sorologias (HIV, Sífilis, Hepatites B e C) e teste rápido para covid-19.

Falso Negativo


Iohan Struck se entregou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no fim da tarde desta terça-feira (22/09). Ele não foi encontrado em casa no dia da deflagração da Operação Falso Negativo, em 25 de agosto.

A defesa do servidor, denunciado por favorecer o direcionamento de contratações superfaturadas de testes de covid-19, alegou na ocasião que ele estava com suspeita de contaminação da doença. O exame, no entanto, deu negativo.

Iohan e outros 14 envolvidos, entre os quais integrantes da Secretaria de Saúde e de empresas contratadas, foram denunciados pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do DF. A ação tramita na 1ª Vara Criminal de Brasília. Na segunda etapa da Falso Negativo, a cúpula da Saúde, entre eles o então titular da pasta, Francisco Araújo Filho, teve a prisão preventiva decretada pelo desembargador Humberto Adjuto Ulhôa, do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT).

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