DF tem 905 casos novos

Entre os quase 190 mil diagnosticados com a covid-19, mais de 3,1 mil pessoas morreram por causa de complicações da doença

Jéssica Eufrásio
postado em 27/09/2020 22:30

Apesar da queda nos últimos índices verificados pela média semanal de casos de covid-19, o momento não é ideal para deixar de lado as medidas de segurança. O Distrito Federal acumula cada vez mais pacientes com a doença e tem registros de novas infecções e mortes diariamente. Ontem, o total de diagnosticados chegou a 189.513 — 905 a mais que no dia anterior. A Secretaria de Saúde também confirmou cinco novos óbitos, que ocorreram entre 9 de agosto e 25 de setembro. A quantidade de vítimas na capital federal, incluindo moradores do DF, de Goiás e de outros sete estados, é de 3.188 (1,7% do total).

O boletim mais recente da pasta mostrou que as regiões administrativas com maior número de infectados são: Ceilândia, Taguatinga, Plano Piloto e Samambaia, com mais de 12,2 mil pacientes cada. O número de mortes nessas cidades é proporcional à quantidade de casos. Em todo o DF, a maior parte dos contaminados tem entre 20 e 59 anos, e 53,9% são mulheres. Em relação às vítimas da covid-19, a quantidade de mortes de moradores da capital federal é crescente a partir da faixa etária que começa aos 40 anos. Nesse caso, os homens são maioria (58,7%).

Mesmo com a desaceleração dos casos, a Sala de Situação da Secretaria de Saúde indicava, ontem, ocupação de 64,35% dos leitos em unidade de terapia intensiva (UTI) adultos e pediátricos. Até as 16h45, 63 pacientes aguardavam vagas desse tipo. Seis deles tinham suspeita ou confirmação de contaminação pelo novo coronavírus. Outras 16 pessoas hospitalizadas em estado grave — três com possível quadro de infecção — aguardavam transferência para outro tipo de leito. O Correio pediu um posicionamento da pasta sobre o cenário, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

O Distrito Federal conta com 94,3% de recuperados. No entanto, muitos deles convivem com sequelas, mesmo após um quadro leve da doença. Por isso, especialistas defendem que não é o momento de baixar a guarda. Coordenador do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Claudio Maierovitch afirma que é difícil precisar se a proporção da população contaminada no DF corresponde ao percentual necessário para alcançar a imunidade coletiva, como mencionado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), na sexta-feira.

Além disso, Maierovitch conta que a preocupação dos pesquisadores é com a parcela da população que acredita que a pandemia passou. “Muitas pessoas começam a se comportar como se nada houvesse, ignorando que ainda estamos com muita gente internada, morrendo, muitos casos novos a cada dia”, observa Claudio.

 

 

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