Habitação

Programa social deverá acolher população vulnerável no SCS

A minuta que cria o programa Viva Centro! foi apresentada durante reunião on-line com representantes da sociedade

Correio Braziliense
postado em 30/09/2020 11:07
O programa prevê vários eixos, entre eles inclusão social e capacitação profissional -  (crédito: Fotos: Ed Alves/CB/D.A Press
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O programa prevê vários eixos, entre eles inclusão social e capacitação profissional - (crédito: Fotos: Ed Alves/CB/D.A Press )

O Governo do Distrito Federal (GDF) quer garantir o atendimento social da população em situação de vulnerabilidade na Setor Comercial Sul (SCS). A minuta do projeto de lei complementar (PLC) que permite habitação no setor também prevê a garantia dos direitos e o resgate da cidadania daquelas pessoas em situação de rua. O texto do PLC, que está sendo discutido com a sociedade, cria o programa Viva Centro!, um conjunto de medidas para revitalizar as áreas centrais de Brasília. No SCS, o projeto cria cinco eixos: qualificação dos espaços urbanos, habitação, social, fortalecimento cultural e desenvolvimento da economia local.

O Eixo Social tem como diretriz a inclusão social da população em situação de rua, com capacitação profissional para inserção no mercado de trabalho. Além disso, visa promover uma rede de apoio com atores que atuem diretamente no setor, para diagnóstico, identificação das dificuldades da população vulnerável e busca de alternativas de soluções específicas para cada caso. O Eixo Social também objetiva o incentivo às formas cooperadas de trabalho e a promoção de projetos de geração de emprego e renda que incluam a população vulnerável do setor.

Na última segunda-feira (28/9), a minuta do PLC que cria o Viva Centro! foi apresentada à população do DF em uma reunião pública on-line. As discussões duraram mais de cinco horas e reuniram cerca de 200 pessoas. “O debate foi positivo no sentido de dar oportunidade para todos os segmentos da sociedade se manifestarem”, salienta o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira. “As dúvidas externadas em relação à habitação, à questão cultural e ao desenvolvimento econômico foram esclarecidas”, completa.

O secretário garante que as sugestões apresentadas na reunião serão avaliadas pela equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento e Habitação (Seduh) e podem ser adicionadas ao projeto, que está sendo construído junto com a comunidade.

A Seduh vai convocar uma audiência pública que deve ocorrer em 30 dias e o texto final segue para debate e aprovação no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan) e no Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por se tratar de área tombada. O governo quer enviar a minuta à Câmara Legislativa até o final do ano.

Interesse social

Segundo o secretário, o governo quer criar um bairro habitado por moradores com a faixa de renda compatível com as características do setor comercial. Assim, os apartamentos terão 60 metros quadrados, não terão garagem e quem for morar ali terá que conviver com a cena cultural da região, que será preservada.

O PLC prevê um tratamento diferenciado quanto aos limites sonoros permitidos no setor, de forma a garantir a continuidade das atividades culturais e de diversão praticadas no local. “São imóveis destinados para um público jovem, recém-casados ou solteiros, que trabalham na região e possam ir a pé para o trabalho ou para as festas”, afirma Mateus.

A ocupação residencial no térreo, subsolo e sobreloja é vedada, assim como a demolição e reconstrução dos edifícios. O governo também quer ofertar habitação de interesse social em local dotado de infraestrutura e próximo à concentração de emprego. Assim, os interessados em aderir ao projeto deverão pagar uma outorga onerosa de alteração de uso (Onalt).

No caso do programa Viva Centro!, a Onalt será revertida em apartamentos que deverão ser doados para o GDF destinar como habitação de interesse social na Política Habitacional do Distrito Federal. “Esses imóveis serão uma contrapartida dos empresários e serão 100% encaminhados para a Codhab atender a demanda habitacional do DF”, explica o secretário.

*Com informações da Agência Brasília

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