A família de Floriano Cardoso, 68 anos, espera há 40 dias por uma cirurgia na coluna do idoso. O paciente, diagnosticado com câncer no pulmão, foi internado no Hospital do Paranoá (HRPa) com uma lesão na coluna vertebral, devido a uma compressão medular. “Os médicos acham que o tumor fraturou a vértebra dele, que acabou comprimindo a coluna. Para reverter a situação, ele precisava fazer uma cirurgia”, explicou a filha Viviane Martins, 31.
O problema é que a operação, até hoje, não foi realizada, e com a compressão na coluna, o pai de Viviane perdeu os movimento da perna. “Ele ainda sente os toques, mas não consegue mais andar”, disse. O paciente chegou a se preparar para fazer a cirurgia, em 31 agosto, mas o hospital alegou falta de material necessário. “Ele desceu para o centro cirúrgico, mas depois subiram com ele falando que não havia material para o procedimento”, relembra a filha.
A partir daí, a equipe médica mudou a estratégia. “Me pediram para encaminhar ele ao Hospital de Base para realizar uma biópsia (que vai comprovar se o tumor está na área onde é necessária a cirurgia) e depois do resultado iriam ver se fariam a cirurgia ou uma quimioterapia”, disse Viviane. Durante a espera, a família conseguiu que o pai fizesse cinco sessões de radioterapia. “Isso foi o que aliviou a dor dele, mas com o término da rádio o sofrimento voltou”.
Máquina quebrada
Floriano foi levado para a realização da biópsia em 15 de setembro, no Hospital de Base, mas também não conseguiu fazê-la. “O hospital alegou que a máquina de tomografia estava quebrada”, contou a filha. Para adiantar o processo, a família decidiu fazer uma vaquinha e custear a tomografia em uma rede particular.
“Gastamos quase R$ 5 mil para fazer o procedimento, mas o resultado só sai em 5 de outubro. Até lá, precisamos ter certeza de que vamos conseguir fazer a cirurgia, porque se demorar ainda mais, meu pai corre o risco de não voltar a andar”, lamentou a filha.
Em nota, a Secretaria de Saúde confirmou a situação de Floriano e explicou que busca conseguir os materiais para a realização da cirurgia, porém nenhum prazo foi estipulado. “Para o procedimento cirúrgico, o paciente necessita de implantes para fixação posterior da coluna na transição cervicotácica. A unidade está em processo de aquisição destes implantes (materiais cirúrgicos), aguardando conclusão da compra para pronta realização do procedimento”, declarou a pasta.
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