Animais silvestres

O que fazer se você encontrar uma cobra dentro de casa?

Especialistas ouvidos pelo Correio explicam como os moradores devem proceder caso encontrem uma serpente na residência

O caso de uma cobra encontrada em um prédio, em Águas Claras, assustou moradores no último fim de semana. A Polícia Civil investiga como o animal foi parar no quarto andar do edifício. Especialistas ouvidos pelo Correio explicam como proceder caso alguém encontre uma serpente em casa.

A professora em animais silvestres da Universidade de Brasília (UnB) Líria Queiroz Luz Hirano diz que as pessoas devem evitar ao máximo irritar o animal. “Eles devem chamar um órgão ambiental, o Ibama ou o Corpo de Bombeiros. Não se deve tentar capturar o animal porque, pode ser perigoso”, afirma.

Hirano também explica que o ideal, se possível, é isolar o ambiente. “Se for um cômodo da casa, feche as portas, as janelas e qualquer local que ela possa entrar. Em caso de ambiente aberto, retire qualquer bicho de estimação de perto, porque ele pode querer mexer com a cobra”, conta.

Esse é o mesmo alerta que o major Adelino, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), faz e pede para a população ligar no 190. “As pessoas não devem chegar próximo e afastar os animais. As cobras dão botes muito rápidos e podem causar problemas graves”, explica.

Investigação

O major contou à reportagem que a Polícia Civil investiga o caso da cobra da espécie muçurana encontrada em um prédio em Águas Claras. “Para sabermos se ela veio da natureza ou se alguém a estava criando”, conta.

A serpente foi resgatada na noite deste domingo (13/9) pelos Policiais Militares da Central de Operações do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA). De acordo com os militares, após varredura em um apartamento, a cobra foi encontrada na sacada de uma unidade vizinha. O dono de um dos apartamentos afirmou que não sabia a origem da serpente. Nos dois locais, não havia nenhum indício de que a cobra era criada neles. 

Caso naja

Adelino não descartou, mas acredita ser muito cedo para falar que o caso possa ter alguma relação com a investigação que revelou, segundo a PCDF, um esquema de tráfico internacional de animais, após o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck Lehmukl, 22 anos, ser picado por uma cobra naja.

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