Investigação

Justiça arquiva caso do professor que morreu envenenado

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pediu o arquivamento do processo por não ter provas de crime doloso contra a vida

A Justiça arquivou o processo de investigação da morte do professor Odailton Charles de Albuquerque Silva, de 50 anos, que atuava no Centro de Ensino Fundamental 410 Norte. O inquérito policial foi finalizado em junho, e desde então, estava tramitando sob sigilo judicial. Em agosto, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) pediu o arquivamento do caso, que foi acatado pelo juiz da vara do Tribunal do Júri de Brasília.

De acordo com o MPDFT, a medida foi embasada por não ter sido “demonstrada a existência de crime doloso contra a vida”. Por se tratar de um trâmite com sigilo, não há mais detalhes sobre o caso.

Odailton Silva morreu em 4 de fevereiro, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), após ter ingerido uma substância tóxica presente em inseticidas e em veneno de rato, conhecido como chumbinho. Em mensagem trocadas com amigos, o docente chegou a alegar que uma colega de trabalho o teria envenenado com um suco de uva, durante uma reunião na escola que ocorreu em 30 de janeiro.

A polícia chegou a levantar duas hipóteses sobre a morte do docente. Uma era de homicídio, com base nas mensagens e relatos de amigos, e a outra era de que ele próprio teria tomado a substância.

Diversos exames periciais foram feitos para investigar a fundo o que de fato ocorreu com Odailton. Durante os cinco meses de apuração, várias controvérsias foram anexadas ao caso, como a inexistência de traços de suco de uva nas roupas do professor — comprovado em laudo do Instituto de Criminalística.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal ressaltou que prestou todas as informações necessárias aos órgãos de investigação para que o fato ocorrido com o professor Odailton Charles de Albuquerque Silva fosse esclarecido.

“O arquivamento do processo demonstra a seriedade e o profissionalismo dos servidores do CEF 410 Norte, os quais também contribuíram com as investigações que se fizeram necessárias. A Secretaria de Educação manifesta, mais uma vez, respeito e solidariedade para com a família do professor Odailton pela dolorosa perda, e a todos aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele”, diz a nota.