Operação Tokens

PF prende suspeitos acusados de invadir sistema do Ibama e fraudar certificados

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta terça-feira (15/9) em nove estados e o DF

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (15/9), a operação Tokens, que investiga suspeitos acusados de utilizar dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e realizar alterações indevidas nos sistemas do órgão, utilizando certificados digitais. 

Investigações apontam que fraudes tiveram como beneficiários proprietários rurais e empresários do ramo de exploração florestal e agropecuária, com áreas embargadas nos estados do Pará e Mato Grosso. No total, foram constatados 122 desembargos irregulares em nome 54 pessoas físicas ou jurídicas.

Estima-se que o prejuízo do golpe aplicado tenha chegado a R$ 150 milhões em multas não recolhidas e descumprimento de embargos em áreas ambientais sensíveis da Amazônia Legal.

Nesta manhã, a PF cumpriu 48 mandados de busca e apreensão em empresas e residências de pessoas que foram beneficiadas com as fraudes. Cinco pessoas foram presas, entre elas falsificadores e estelionatários membros da associação criminosa.

As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Distrito Federal e cumpridas em Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

Divulgação - Entenda como funcionava o esquema
 

 

Inquérito


O Inquérito Policial foi instaurado a partir da identificação, pelo Ibama, das fraudes ocorridas contra diversos superintendentes, agentes e fiscais. Investigações apontaram que os criminosos utilizam Tokens, expedidos, indevidamente, por terceiros falsificadores.

Com o monitoramento policial, os investigadores identificaram uma quadrilha já investigada pela PF no estado de Goiás, com conexão com diversas fraudes ocorridas em todo o Brasil. Os principais beneficiados são propriedades rurais localizadas nos estados do Pará e do Mato Grosso. Segundo a PF, essas fazendas têm como sócios pessoas de diversos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A Operação tem por objetivo a coleta de mais provas e dados acerca das fraudes, inclusive identificação de intermediários entre os falsários e beneficiários, inclusive com auxílio de servidores públicos.