Família de jovem será indenizada

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou que o GDF pague indenização no valor de R$ 100 mil à família do jovem assassinado durante o bloco pré-carnavalesco Quem chupou vai chupar mais. Matheus Barbosa Magalhães, de 18 anos, morreu esfaqueado na noite de 8 de fevereiro deste ano, na área externa do Museu Nacional da República.


A sentença, assinada pelo juiz substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública do DF Pedro Oliveira de Vasconcelos, determina, ainda, o custeio das despesas do funeral e do cemitério, no valor de R$ 6.097,88. A festa contou com cerca de 100 mil pessoas e foi marcada por brigas e confusões. Conforme consta na decisão, o evento contou com financiamento público distrital. Contudo, o requerimento de licença de funcionamento foi reprovado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
A defesa da família, representada pelo advogado Renato Araújo, entrou com processo por acreditar que o evento, sem alvará e sem segurança, deveria ter sido impedido pelo GDF. Segundo o advogado, “a decisão foi acertada, pois o Distrito Federal foi omisso por não ter impedido a realização de evento mesmo sem alvará”.

O caso

Matheus Barbosa Magalhães foi ao bloco após retornar do trabalho, em uma barbearia na Asa Norte. À época, o Correio conversou com amigos do jovem, que estavam com ele na festa. Eles relataram que, quando chegaram ao evento, encontraram Matheus com um outro grupo de amigos, ficaram com ele por um tempo, mas depois se dispersaram e foram embora.
Mais tarde, os colegas contaram que começaram a receber vários vídeos e fotos de brigas no evento. Segundo relato deles, mais de 20 homens chegaram abordando a multidão, recolhendo celulares e carteiras. Matheus, no entanto, estava no meio e acabou sendo atingido por duas facadas, uma no tórax e outra na cabeça.