Covid-19

Covid-19: casos de infecção no DF continuam em queda, segundo estudo

O número de reprodução da doença caiu de 0,98 para 0,88., mas a previsão da pesquisa é de que, até 31 de dezembro, a capital federal chegue a 3.017 mortes

O boletim quinzenal do grupo de pesquisadores do Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia), divulgado nesta quarta-feira (16/9), mostra que a epidemia continua em regressão no DF, ou seja, o valor médio de pessoas que podem ser contaminadas a partir de uma pessoa infectada diminuiu.

Em uma previsão estipulada pela pesquisa, espera-se que até 29 de setembro o Distrito Federal atinja 2.690 mortes e que 801 pessoas sejam hospitalizadas devido à infecção pela covid-19, sendo que destas, 303 vão precisar de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Até 31 de dezembro, de acordo com a pesquisa, o DF pode chegar ao número de 3.107 mortes.

O cenário de transmissão é avaliado com base na taxa R(t). Ter esse indicador igual a 1,00 durante a pandemia de covid-19 significa dizer que cada grupo de 100 infectados é capaz de transmitir o novo coronavírus para outras 100 pessoas. No último boletim, o valor calculado para o DF ficou em 0,98. Agora, o número registrado foi de 0,88. Assim, estatisticamente, um conjunto de 100 contaminados poderia infectar, em média, 88 indivíduos.

Neste momento, das 33 Regiões Administrativas analisadas, nenhuma apresentou grau de criticidade de alerta ou de emergência. Riacho Fundo, porém, foi a única região com grau de criticidade verde, que representa que o local encontra-se estável, mas deve manter acompanhamento.

Para evitar a proliferação da doença na capital, os estudiosos recomendam uma manutenção das medidas de prevenção da doença. “O governo local deve buscar maior eficiência e efetividade nas ações de enfrentamento, em particular considerar as seguintes medidas, antes de promover novas flexibilizações ou contenções”, diz trecho do estudo.

Entre as alternativas estão investimento em inteligência epidemiológica e geográfica, além de atividades educativas. “Recomenda-se que a população mantenha o mesmo nível de controle e que o governo invista em inteligência epidemiológica para reduzir ainda mais a evolução da epidemia”, explica Paulo ângelo Resende, um dos pesquisadores que participam do estudo.