Na manhã de ontem, agentes da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), órgão ligado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagraram a Operação Lombroso. A ação investigava um grupo de estelionatários. Agentes estimam que o prejuízo dos golpes seja de cerca de R$ 8 milhões. Vinte e um suspeitos foram presos
Segundo os investigadores, a fraude tinha como alvo instituições financeiras e redes atacadistas. “Os integrantes desse grupo criminoso falsificavam e utilizavam esses documentos falsos para obter crédito junto a instituições financeiras e grandes redes atacadistas no Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo e São Paulo”, disse o delegado Wisllei Salomão, responsável pela operação.
Os suspeitos foram indiciados por organização criminosa, estelionato e uso de documento público. Durante a ação, ontem, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão preventiva e temporária e 32 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de Goiás e Piauí.
No total, 21 pessoas foram presas — sendo 18 prisões preventivas, duas prisões temporárias e uma prisão em flagrante por tráfico de drogas. Durante a operação, os agentes apreenderam maconha, cocaína, objetos eletrônicos, documentos diversos, aparelhos celulares, notebook e um cofre.
De acordo com o delegado Salomão, os integrantes do grupo tinham passagens pela polícia por homicídio, extorsão mediante sequestro, roubo com restrição de liberdade, tráfico de drogas e uso de arma de fogo.
Tráfico de drogas
Em outra operação, ontem, três homens, supostamente integrantes do Comando Vermelho — facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro —, foram presos por tráfico interestadual de drogas. A investigação é conduzida pela Polícia Federal (PF) e contou com o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Segundo apurações, o grupo administrava dois laboratórios de drogas no Setor Habitacional Sol Nascente e mantinham pontos de distribuição de drogas em Taguatinga e no Assentamento 26 de Setembro.
Nos endereços, a polícia apreendeu diversos sacos contendo cocaína, dois revólveres, uma pistola, dois fuzis de guerra, 10 carregadores de armas, tabletes de maconha e de haxixe. Três carros de luxo — uma BMW X6, Mercedes e uma Hilux — utilizados pelos criminosos também foram apreendidos.
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Estuprador em série
A Polícia Civil prendeu, ontem, em Planaltina, um homem suspeito de cometer estupros e roubos no Parque da Cidade. De acordo com as investigações, o agressor utilizava benzodiazepínicos — substâncias comuns no crime conhecido como “Boa Noite Cinderela” — para dopar as vítimas, sempre do sexo masculino, e, após elas desmaiarem, ele roubava celulares, carteira, dinheiro e cometia abusos sexuais.
Agentes envolvidos na investigação afirmam que o suspeito era conhecido como o “Tarado do Parque”. “Ele já tinha passagem em Planaltina, há sete anos, por crime semelhante. Também, temos conhecimentos de casos de janeiro, maio e agosto deste ano. E, tenho certeza que outras vítimas dele vão procurar a delegacia”, detalha o delegado-chefe da 1° Delegacia de Polícia (Asa Sul), Marcelo Portela.
A suspeita é de que o homem tenha cometido uma série de delitos desde, pelo menos, 2013. “Dentro da residência (do homem), conseguimos localizar frascos da medicação utilizada para dopar as vítimas, além de objetos pessoais delas”, contou o delegado Marcelo.
O homem também vai responder por um latrocínio, de janeiro deste ano. Na ocasião, a vítima morreu de overdose devido à forte dose de remédio aplicada pelo acusado. “Em janeiro, um corpo foi encontrado no Parque da Cidade. Não tinha documentos nem evidência. Começamos a investigar com dificuldade e identificamos um suspeito”, explica Marcelo Portela.
Algo que trouxe convicção aos investigadores foi um crime três meses depois, no mesmo local. “Em maio, outra vítima registrou ocorrência semelhante. Ela teve o maxilar fraturado, contou que tinha ingerido bebidas e perdeu a consciência. Ficou vários dias no hospital. Como tínhamos o primeiro suspeito, apresentamos a imagem dele para a segunda vítima, e ela não teve dúvidas em confirmar que ele era o autor do delito”, confirma o delegado.
"Ela (vítima) teve o maxilar fraturado, contou que
tinha ingerido bebidas e perdeu a consciência”
Marcelo Portela,
delegado-chefe da 1° DP