O governador Ibaneis Rocha (MDB) esteve nas regiões de Sobradinho e Planaltina, ontem, onde lançou um projeto de eficientização de iluminação pública, inaugurou uma quadra coberta em uma escola de Arapoanga e comentou sobre temas que têm gerado discussões no campo político do Distrito Federal. Uma das pautas principais da visita a Sobradinho foi a venda da Companhia Energética de Brasília (CEB) para a iniciativa privada, algo que o chefe do Buriti considera crucial para o desenvolvimento da empresa e da cidade. “A privatização da CEB se faz mais do que necessária. Nós não podemos beneficiar 300 a 400 servidores e prejudicar uma população de 3,2 milhões de pessoas. Isso está mais do que claro para todos nós”, afirmou.
Acionistas da companhia vão se reunir na próxima terça-feira em uma assembleia geral extraordinária para decidir o futuro da CEB. O preço mínimo de venda fixado é de R$ 1,424 bilhão. “Em primeiro lugar, está a população do DF. Se essa privatização se faz necessária para melhorar a eficiência, os investimentos nas cidades e o investimento que a CEB precisa, nós vamos realizar, sim, com apoio do Tribunal de Contas, com o apoio da Câmara Legislativa”, avaliou Ibaneis.
O presidente da companhia, Edison Garcia, esteve na cerimônia de lançamento do projeto de iluminação, mas fixou os comentários apenas sobre as novas instalações de Sobradinho. Ele detalhou que houve investimento de R$ 1,7 milhão, utilizado para implantação de 1.958 lâmpadas de LED. “São mais lâmpadas do que toda a EPTG, e essa ação vai beneficiar a população com economia e segurança. Sabemos que um dos motivos de diminuição de criminalidade e de melhorias é a questão de iluminação”, pontuou. Durante o evento, Ibaneis e Edison levantaram a possibilidade de instalar lâmpadas de LED em todas as regiões administrativas em 18 meses, por meio de parcerias público-privadas. “A ideia é que toda população do DF seja beneficiada”, disse o governador.
Pandemia
Entre as agendas, Ibaneis fez uma avaliação sobre o momento vivido pelo Distrito Federal no contexto de combate à pandemia da covid-19. Para o chefe do Executivo local, a capital conseguiu garantir o acesso da população às unidades de saúde. “De maneira nenhuma tememos uma segunda onda (de contaminação). Temos ações que têm dado certo desde o início da pandemia. Mas, se ela existir, assim como estamos fazendo a desmobilização agora, temos condição de fazer uma mobilização de leitos de UTI e atendimentos. É importante ressaltar que ninguém ficou sem atendimento no DF durante esses oito meses”, ressaltou. Países da Europa, como Espanha e Itália, voltaram recentemente a impor medidas de isolamento e suspensões de atividades após uma nova onda de infecções.
A solução mais buscada para o problema, a vacina contra a covid-19, ainda está em fase de planejamento. O governo de São Paulo assinou contrato com o laboratório chinês Sinovac para o fornecimento de doses da CoronaVac no estado, após uma possível finalização de sucesso dos estudos da etapa três de testes do produto. Essa mesma vacina está sendo testada no DF, mas Ibaneis defendeu a compra da imunização pelo governo Federal. “Temos estados ricos como São Paulo, que têm condições de comprar vacinas para toda a população, mas temos estados muito pobres, sem condições de fazer isso. Aqui, no DF, se precisar da compra direta, nós vamos fazer, mas vou defender que ela seja feita pelo Ministério da Saúde”, disse.
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Medidas são afrouxadas
À medida que a curva de casos diários de covid-19 cai, o Governo do Distrito Federal (GDF) segue com a flexibilização das medidas de isolamento. Ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou dois decretos afrouxando os protocolos de segurança sanitária. O primeiro revoga a necessidade de restrição de pessoas em mesas de bares e restaurantes, além de estabelecer o funcionamento de comércios de rua de acordo com horário estabelecido em alvará. Shoppings podem funcionar das 10h às 22h.
O segundo decreto autoriza o retorno do trabalho presencial em todos os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta autárquica e fundacional do Executivo do Distrito Federal, a partir de hoje. O teletrabalho continua para pessoas do grupo de risco, como idosos, gestantes, e portadores de comorbidades (obesos, cardiopatas e asmáticos, por exemplo). O atendimento ao público poderá ser feito, desde que respeitando distanciamento. A publicação recomenda priorizar reuniões virtuais, e limitar o uso de bibliotecas e auditórios.