Diabetes

Unidades Básicas de Saúde do DF têm 118 mil canetas de insulina disponíveis

Pacientes menores de 16 anos e acima de 60 anos serão beneficiados com as doses enviadas ao Distrito Federal pelo Ministério da Saúde

Correio Braziliense
postado em 13/10/2020 20:11
Canetas de insulina estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal -  (crédito: Breno Esaki/ Agência Saúde)
Canetas de insulina estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal - (crédito: Breno Esaki/ Agência Saúde)

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Distrito Federal contam com um reforço para o tratamento de pacientes com diabetes tipos 1 e 2. O Ministério da Saúde enviou 118 mil canetas aplicadoras de insulina humana dos tipos NPH e regular para a Secretaria de Saúde do DF. Conforme os critérios estipulados pelo governo federal, os medicamentos estão disponíveis para menores de 16 anos e maiores de 60 anos.

Para a gerente do Componente Básico da Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Patrícia Queiroz, as canetas de insulina proporcionam maior qualidade de vida ao diabético. “A precisão da dosagem de insulina com as canetas é maior do que quando se utiliza sob a forma de frascos e seringas, além disso, os pacientes têm menos dor no local da aplicação e menor risco de ferimentos”, explica.

A gerente lembra que, até pouco tempo, as únicas insulinas distribuídas pelo Ministério da Saúde eram de aplicação via seringa, sendo o próprio paciente o responsável por retirar da ampola a dose correspondente ao seu tratamento. “Agora, eles contam com a distribuição das canetas pré-preenchidas”, ressalta Patrícia.

Para receber o medicamento, os pacientes em uso de insulina humana NPH ou regular que estão dentro da faixa etária atendida podem procurar a UBS de referência na região onde mora. É necessário levar a prescrição médica para receber orientações e ter acesso às canetas aplicadoras.

Praticidade

Com a disponibilização das canetas, o tratamento com múltiplas doses de insulina torna-se mais prático. Entre os benefícios é possível destacar:

– São portáteis, discretas e convenientes para aplicações fora de casa;

– Economizam tempo, porque não há necessidade de preparar o frasco de insulina;

– Oferecem mais precisão na definição das doses, especialmente para pessoas que têm problemas de visão ou destreza.

Na avaliação de Patrícia Queiroz, o uso das canetas de insulina pode gerar uma melhor adesão do paciente ao tratamento e, com isso, maior controle da glicose no sangue. “Isso reduz as chances de complicações relacionadas ao diabetes, como a hipoglicemia”, completa.

É importante lembrar que não é possível misturar dois tipos de insulina, o que significa que se o paciente precisar aplicar dois tipos de hormônios serão necessárias duas aplicações. As canetas de insulina devem ser utilizadas apenas por um único paciente, não podendo ser compartilhada.

Ampliação

O uso das canetas aplicadoras de insulina humana dos tipos NPH e regular foi possível depois que o Ministério da Saúde ampliou os critérios de disponibilização delas no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, apenas pacientes com o tipo 1 da doença, com idade até 15 anos e a partir de 60 anos, tinham acesso às canetas, o que representava cerca de 15% da demanda do SUS.

Com a ampliação do uso para o tipo 2 e da faixa etária de 15 para até 16 anos de idade, a expectativa é que essa porcentagem dobre para 30%. Para garantir a manutenção do abastecimento da rede, o Ministério da Saúde fará o acompanhamento da demanda de frascos e canetas de insulina humana, conforme as informações de estoque e consumo enviadas pelas Secretarias de Saúde.


Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação