Urbanismo

GDF fará reuniões e pesquisa para decidir sobre o fechamento da W3 Sul

Ibaneis Rocha diz que governo vai se reunir com empresários, mas avisa que fará pesquisa com a população para decidir pelo fechamento da avenida para o lazer. Fecomércio defende interdição para fins culturais

Washington Luiz
postado em 14/10/2020 06:00
 (crédito:  ED ALVES/CB/D.A Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A Press)

Em busca de uma solução para a questão que envolve o fechamento da W3 Sul aos domingos e feriados, o Governo do Distrito Federal (GDF) pretende realizar uma pesquisa de opinião com moradores, comerciantes e pessoas que frequentam o local. A ideia, segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), é usar o resultado para tomar uma decisão e atender ao “interesse da comunidade”.

“Os comerciantes (que reclamam), na verdade, são três comerciantes só, donos de supermercados. O restante não tem reclamação. Vamos mandar fazer uma pesquisa, ouvir a comunidade. Em primeiro lugar, o interesse da comunidade, não só dos comerciantes”, afirmou, ontem, após a inauguração da Praça dos Direitos, no Itapoã.

O decreto que autorizou a interdição da avenida para a realização de atividades recreativas foi assinado pelo governador, em 9 de junho. Desde então, tem sido alvo de questionamento por parte de donos de estabelecimentos, que criticam as mudanças e se mostram preocupados quanto à queda no varejo nesse período de pandemia. Dados do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) estimam que houve uma redução de, aproximadamente, 70% nas vendas nos dias em que a avenida ficou fechada para carros.

Hoje, empresários e representantes de sindicatos ligados ao comércio se reunirão com o secretário de Empreendedorismo do Distrito Federal, Mauro Roberto da Mata, para tratar de questões ligadas à melhoria da via, entre elas, o fechamento das pistas.

Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), Francisco Maia é a favor da utilização da W3 Sul para atividades recreativas. Ele pondera, porém, que essa nova modalidade de uso deve vir acompanhada de revitalizações que estimulem o comércio da região.

“Não vai ter carros, mas vai ter gente circulando. As pessoas vão sair dos seus apartamentos, vão ali comprar verduras, vão levar as crianças para brincarem. Queremos que os moradores coloquem cadeiras do lado de fora, como é o Pelourinho em Salvador. Mas, para isso, precisa ter um foco maior na área cultural”, destaca Maia.

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Nova praça

 (crédito: Renato Alves/Agencia Brasilia)
crédito: Renato Alves/Agencia Brasilia

Na manhã de ontem, Ibaneis participou da inauguração da Praça dos Direitos no Itapoã. Localizado na Quadra 203, o espaço vai oferecer ações de saúde, esporte, educação, lazer, profissionalização, cultura e de promoção dos direitos humanos aos moradores da região.

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