A Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) deflagrou, nesta sexta-feira (16/10), a Operação Terra Pública. O objetivo da ação é desmontar uma organização criminosa acusada de extorquir trabalhadores rurais em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A operação contou com apoio das Divisões de Operações Especiais (DOE) e Operações Aéreas (DOA).
De acordo com as investigações, os integrantes do grupo cobravam mensalidades compulsórias de pessoas pertencentes a três acampamentos de sem-terra no Distrito Federal. Os criminosos ameaçavam destruir os barracos e expulsar as pessoas dos locais.
"Além disso, os moradores que exerciam qualquer atividade comercial eram constrangidos a pagar uma porcentagem dos lucros, ou um valor pré-determinado, em contexto assemelhado à atuação de milícias", disse a delegada Fernanda Lopes, da Dema.
Segundo as vítimas ouvidas pelos agentes da PCDF, não há qualquer reversão dos valores arrecadados em prol dos assentados ou da causa fundiária.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao grupo, que ocupa três glebas de terras públicas em Samambaia. Dentre os alvos, estão a líder do grupo e integrantes de um agrupamento responsável pelas ações violentas do bando. Três pessoas foram presas por porte ilegal de arma de fogo e munições. Foram apreendidos, ainda, celulares, documentos, dinheiro em espécie, e pássaros silvestres mantidos em cativeiro de forma clandestina.
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