Ajuda

Mãe dos primeiros quadrigêmeos do DF passa por dificuldades

Linda Mar da Silva e os filhos sobrevivem de doações e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo mensal (R$ 1.045) para pessoas com deficiência

» ANA CLARA AVENDAÑO*
postado em 19/10/2020 17:58 / atualizado em 19/10/2020 17:59
Linda Mar Miranda Alves pede ajuda para os filhos quadrigêmeos, que nasceram com lesões cerebrais -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Linda Mar Miranda Alves pede ajuda para os filhos quadrigêmeos, que nasceram com lesões cerebrais - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A mãe dos primeiros quadrigêmeos do Distrito Federal, Linda Mar da Silva, 60 anos, enfrenta dificuldades de saúde e financeiras devido à pandemia. A dona de casa mantém a família com apenas com o auxílio que a filha Ester Lima dos Santos, 20, recebe. O valor vem do Benefício de Prestação Continuada (BPC), da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), e garante um salário mínimo mensal (R$ 1.045) para pessoas com deficiência. Além da quantia, doações também complementam a renda de Linda Mar, mas a ajuda reduziu drasticamente nos últimos meses.

“Não tenho o que comer dentro de casa, nem fralda para Ester, estou usando pano. As pessoas me ajudavam, mas depois da pandemia ninguém vem na minha casa. Estou com seis meses de aluguel atrasado e com conta de luz e de água sem pagar. Eu não sei mais o que eu faço, não tenho ninguém por mim, o marido foi embora há cinco anos, eu crio meus filhos sozinha”, desabafa Linda Mar.

Atualmente, os quadrigêmeos Marta Alves Lima dos Santos, Rebeca Alves Lima dos Santos, Davi Alves Lima dos Santos e Ester Alves Lima dos Santos estão com 20 anos e todos nasceram com lesão cerebral. O único menino do quarteto, Davi, não sabe ler e frequenta a escola. Marta e Rebecca cursam o 6º ano no Centro de Ensino nº3 (CEF 3), em Taguatinga.

Ester é portadora de problemas cardíacos, hidrocefalia e de desvio na coluna, que compromete ainda mais os movimentos. Ela costumava ir à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (APAED), mas Linda Mar não consegue mais levá-la por causa de problemas de saúde.

Com o passar dos anos, a saúde da dona de casa ficou muito debilitada. “Tenho problema no joelho, estou com 29 de bicos de papagaio na coluna e não estou conseguindo andar", relata. Linda mar sofre também de depressão e tem dificuldade para comer por complicações causadas por sequelas do parto. “Quando meus filhos nasceram, eu fiz uma plástica pela rede pública porque fiquei com a barriga muito grande e agora, deu aderência e não estou conseguindo comer porque me dá falta de ar”, conta.

Colabore

Para ajudar a família com doações de alimentos, fraldas e quantias em dinheiro ligue para (61) 98651-4711. Ela mora com os quadrigêmeos em Taguatinga Sul. Uma contribuição monetária pode ser feita via transferência ou depósito para as conta- poupança 932857-8 da Caixa Econômica Federal, agência 0008, operação 013, ou para conta-corrente 53860-4 do Banco do Brasil, agência 0826-5. Ambas estão registradas no nome de Linda Mar Miranda Alves da Silva, CPF: 656-734-415-68. Acesse o Instagram da família e acompanhe o dia a dia dela: @especialmente4

Fertilização in vitro

Linda Mar engravidou de quíntuplos aos 39 anos. Ela tinha dois filhos do primeiro casamento e havia realizado uma laqueadura de trompas, que a impedia de engravidar novamente. Por insistência do então companheiro, Clidenor Lima dos Santos Neto, a dona de casa reverteu a cirurgia e fez uma fertilização in vitro, em que os óvulos são inseridos já fecundados no útero. Ela deu à luz no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) com apenas sete meses de gestação. Os nascimentos prematuros resultaram na morte de um dos bebês e em complicações de saúde em todos os outros. Quando as crianças tinham 7 anos, Clidenor se separou de Linda Mar.

*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação