FIM DE SEMANA

A dois meses do Natal, DF registra fluxo maior nas ruas

Em meio à pandemia, brasilienses aproveitaram o domingo para visitar parques e comércios. Em locais como a Feira dos Importados, busca por itens de Natal começou a movimentar as lojas

Washington Luiz
postado em 26/10/2020 06:00 / atualizado em 26/10/2020 10:52
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A dois meses do Natal, o brasiliense aproveitou o domingo para começar a pesquisar os preços dos presentes e itens de decoração que fazem parte das festas dessa época do ano. Na Feira dos Importados, os corredores estavam movimentados. A maioria dos clientes seguia as recomendações de distanciamento e uso de máscara para evitar a propagação do coronavírus, mas, em alguns locais, como nas lanchonetes, a concentração de pessoas era maior, o que gerou pontos de aglomeração. 

Em busca de uma árvore de Natal, a bancária Cléia Marques, 38, saiu de Samambaia e foi até o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Depois de passar a tarde inteira comparando os preços dos produtos nas lojas, ela decidiu que vai deixar para comprar depois. “Vou esperar mais um pouco, porque está tudo muito caro. Eu me assustei com os preços. Quero mudar minha árvore que comprei no ano passado, e o valor aumentou em torno de 30%. Espero que os preços estejam melhores até meados de novembro”, diz.

Além da bancária, o farmacêutico Viltomar Rodrigues, 56, também decidiu adiar as compras de enfeites natalinos. Morador de Ceilândia, Viltomar disse ter ficado decepcionado com a pouca variedade de produtos de decoração disponíveis na feira, já que a quantidade de lojas que mudaram o estoque para o Natal ainda é pequena. “Achei as coisas um pouco caras. Não tem nada barato. É o mesmo de sempre. Não tem novidade. Então, vou dar mais uma pesquisada.”

Apesar da precaução por parte dos consumidores, Viviane Xavier, 32, gerente de uma loja de decoração que está preparada para o Natal desde setembro, acredita que as vendas deste ano vão ultrapassar as do ano passado. “A gente está conseguindo superar as expectativas. Por enquanto, está na média. A gente espera que vai melhorar bastante porque as pessoas estão mais em casa, estão mais com a família, não devem fazer tantas viagens. Então, a gente acredita que vai ser bem melhor.”

Sobre os valores dos produtos, Viviane conta que houve um aumento de 20%, em média, nos preços dos fornecedores. Porém, ela garante que esse reajuste não foi passado para o consumidor. “A gente conseguiu fazer a importação antes de começar a pandemia aqui no Brasil. Por isso, estamos conseguindo manter os preços”, diz.

 

Lazer

Fora dos centros comerciais, os pontos de lazer da capital também ficaram movimentados ontem. No Parque da Cidade, os brasilienses enfrentaram longas filas para entrar no parque de diversões Nova Nicolândia, reaberto em 17 de outubro.

Luzia Pinheiro, 59, aguardava com os quatro netos para entrar no local. Apesar da grande quantidade de pessoas, ela disse que se sentia segura e protegida contra o coronavírus. “É a primeira vez que estamos saindo para um local público desde o início da pandemia. Usamos máscara e tomamos todos os cuidados. Não aguentávamos mais ficar dentro de casa ou só ir à casa de parentes. Como aqui estava fechado no Dia das Crianças, resolvi trazê-los hoje”, relatou a bancária.

Ao contrário de Luzia, o piloto Jamerson Moraes, 32, ficou preocupado com a aglomeração que se formou na entrada do Nicolândia. “A gente pode observar que a maior parte das pessoas não está cumprindo o distanciamento nessa fila. É contar com a sorte”, disse, acompanhado da mulher e dos dois filhos.

Na W3 Sul, ciclistas e pedestres aproveitaram o dia sem chuva para passear e se divertir na avenida. Ontem, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) liberou o cruzamento entre as quadras 506/706 e 507/707, da W3 Sul, para veículos para tentar minimizar as críticas de comerciantes e moradores que reclamavam que o fechamento da via prejudicava as vendas e dificultava o acesso às quadras 100 e 300.

Desde que o projeto Viva W3 começou, em junho, o trânsito permanecia totalmente fechado no trecho aos domingos e feriados, das 6h às 17h. A abertura do cruzamento não alterou o movimento nesse ponto da W3 Sul.

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