Eixo capital

Ana Maria Campos
postado em 29/10/2020 21:59
 (crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

José Gomes volta à Câmara Legislativa

Aliados de José Gomes apostam: com a liminar expedida ontem pelo ministro Dias Toffoli, do STF, o empresário conseguirá cumprir integralmente o mandato, mesmo com as decisões da Justiça Eleitoral que o condenaram por abuso de poder econômico. A suplente, Luzia de Paula (PSB), nem teve tempo de apresentar um novo projeto de lei. Teve o gostinho de ficar apenas duas semanas como distrital. Claro que o Ministério Público Eleitoral vai recorrer, mas Luzia precisa, agora, contar com a celeridade da Justiça em julgar embargos e recursos. O tempo passa. Para o governador Ibaneis Rocha (MDB), esta é mais uma vitória na Justiça. Volta um aliado. Sai uma distrital ligada a um adversário, Rodrigo Rollemberg.

 

Reclamação para a ONU

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) fez uma reclamação contra o governador Ibaneis Rocha na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ela pede que a agência da ONU recomende uma retratação pública do emedebista por ele ter culpado, no dia 10 de outubro, em uma atividade no Sol Nascente, os sindicalistas pela crise na CEB. Na ocasião, o governador disse que os membros dos sindicatos “embolsam o dinheiro que era para estar colocando nas casas”.

 

Passo a passo

A semente do acordo firmado, ontem, entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) com o Ministério da Economia para regularização de Vicente Pires foi plantada há quatro anos. Uma reunião entre o então ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o vice-governador à época, Renato Santana, que acumulava a função com o cargo de administrador de Vicente Pires, abriu o processo para acelerar as obras na cidade. Foi intermediada pelo advogado Cláudio Lima, que assessorava o então deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF).

 


Pioneira: pandemia levou a desequilíbrio no sistema de transporte

A Viação Pioneira responsabiliza a pandemia por prejuízos provocados nas contas das operadoras de transporte público coletivo do DF. “O sistema de transporte público foi um dos setores mais afetados pela pandemia causada pelo novo coronavírus. A crise elevou as despesas da empresa, e a receita teve uma queda média de 60%, sendo que nas primeiras semanas da quarentena a redução chegou a 80%”, aponta a
Viação Pioneira, numa justificativa para o reajuste pelo governo da tarifa técnica que remunera as concessionárias. “Mesmo com a queda no número de passageiros, a empresa seguiu todas as determinações da Secretaria de Mobilidade e manteve 100% da operação”, acrescenta. Segundo a companhia, a pandemia agravou ainda mais o desequilíbrio econômico-financeiro das empresas, que se arrastava desde o início do contrato.

 

Provocação

O ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) fez uma provocação nas redes sociais aos sindicatos de policiais civis do DF, dizendo que o “tempo é o senhor da razão”. Ele se referiu à proposta de reajuste escalonado em etapas até completar a paridade dos salários da PCDF aos da Polícia Federal, cuja última parcela venceria neste mês. “Fui injustiçado, perseguido por parte da PCDF, chamado de Pinóquio. Pois taí: o que os policiais civis receberam, agora, do atual governo, já teriam recebido em 2017, na primeira parcela”, disse. Ele ainda mostrou que na ocasião o advogado do Sinpol era o hoje governador Ibaneis Rocha (MDB).

 

Só papos


“O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”

Presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ)

 

“Nhonho”

Post do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que disse ter sofrido uma invasão em sua conta no Twitter


À QUEIMA-ROUPA

Rafael Sampaio
Presidente do Sindicato de Delegados da Polícia do DF


O ex-governador Rodrigo Rollemberg diz que o tempo é o senhor da razão e que agora é possível constatar que ele não falhou com a PCDF. Acredita nisso?
Em parte. Não dá para acreditar, depois de tudo o que aconteceu, que ele não falhou conosco. O ex-governador retirou a proposta que citou em 3 de agosto de 2016. A ata da segunda audiência judicial de conciliação no processo de greve mostra isso, não houve nova proposta, logo não houve qualquer demonstração de boa vontade conosco. Pelo contrário, houve maldades injustificáveis, como veto de aquisições pela Polícia Civil, como de viaturas, por exemplo, quando havia orçamento. Mas, concordo que o tempo é o senhor da razão e por essas e outras, pela falta de compromisso com a verdade, o povo brasiliense rejeitou Rollemberg nas urnas.

Pela proposta do governo Rollemberg, intermediada pelo Ministério Público e avalizada pela Justiça, os policiais civis do DF receberiam a última parcela da paridade agora. Por que isso não aconteceu?
Defendi o aceite dessa proposta, não por acreditar no ex-governador, mas no Judiciário. Contudo, as sucessivas quebras de acordos e as atitudes hostis do seu governo com a Polícia Civil retiraram toda a sua credibilidade e fui voto vencido. Posteriormente, Rollemberg retirou a proposta, demonstrando seu ânimo em relação à Polícia Civil.
Ele culpa os sindicatos pela “intransigência”. As entidades falharam?
Como disse, defendi a proposta, mas fui voto vencido. Creio que quem falhou foi Rollemberg ao não honrar com sua palavra. Erra de novo ao distorcer os fatos.

Se Rollemberg tivesse sido reeleito, conseguiria pagar essas parcelas durante a gestão do presidente Bolsonaro e com pandemia?
Claro que o GDF conseguiria. O Fundo Constitucional cresceu nominalmente mais do que o valor das parcelas. Mas, na reeleição, essa hipótese já não existia. Como dito, não havia mais proposta.

O governador Ibaneis Rocha advogou para o Sinpol, e Juliano Costa Couto, para o Sindepo. Isso influenciou a posição dos sindicatos na campanha de 2018 ao Buriti?
Não. Posicionamo-nos após conversarmos com todos os candidatos e por acreditar que Ibaneis tinha capacidade para executar boas propostas para segurança pública e para o Distrito Federal.

Há insatisfação na categoria?
Claro que sim. A paridade prometida não veio, continuamos com achatamento salarial, apesar dos esforços do governo atual. As circunstâncias inviabilizaram a implantação do reajuste e enfrentamos o deficit de um ciclo inteiro de reajuste. Mas, continuo acreditando que o governador Ibaneis reconhece essa situação e vai corrigi-la.

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