A Secretaria de Saúde (SES-DF) prepara-se para fazer o primeiro inquérito epidemiológico da covid-19 entre a população do Distrito Federal. O estudo mostrará qual é o percentual de brasilienses que teve contato com o novo coronavírus, por área. Todas as 34 regiões administrativas serão analisadas. O objetivo é avaliar como o vírus tem circulado entre as diferentes partes da capital do país. A previsão da pasta é de que os resultados do estudo sejam consolidados este ano. Com os dados em mãos, o governo espera formular estratégias de combate à pandemia, bem como ações de prevenção, especialmente diante da possibilidade de uma possível segunda onda da doença, como observado em países da Europa.
O Serviço Social do Comércio do Distrito Federal (Sesc-DF) doará 10 mil testes de detecção da covid-19 à pasta, para execução da pesquisa. Além dos insumos, a entidade disponibilizará profissionais da área da saúde para atuar na testagem, sob supervisão de profissionais do Executivo local. O termo de cooperação deve ser assinado até segunda-feira. “Agora é um novo momento, em que estamos em uma curva descendente de casos e vemos uma diminuição na procura por exames. Acompanhar e conseguir ter uma ideia de como o vírus está se comportando neste momento é fundamental para que a gente possa traçar novas estratégias”, avalia o diretor de Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Cássio Peterka.
Todos os testes devem ser usados — são 250 para cada região —, e os participantes serão selecionados por meio de sorteios. A medida visa garantir que a amostra reflita a situação dos demais habitantes das cidades, segundo Cássio Peterka. A pesquisa vai indicar a soroprevalência do vírus na população, o que revelará a porcentagem que conta com anticorpos no sangue. Outros dados que o estudo poderá trazer, ainda, são informações sobre a suposta imunidade coletiva.
Para Julival Ribeiro, médico infectologista, o inquérito epidemiológico é de grande importância para controle da covid-19. No entanto, ele destaca que o rastreamento das pessoas infectadas e de quem teve contato com esses pacientes também é fundamental. “Meu maior medo é o afrouxamento que está ocorrendo. Espero que não sejamos a Europa amanhã. Para isso, temos de manter as medidas essenciais: usar máscara, cobrindo nariz e boca; ficar, no mínimo, a dois metros de distância de outra pessoa; evitar aglomerações e evitar ambientes fechados — o que, hoje, para mim, é o maior risco”, define.
Ontem, o Distrito Federal contabilizou mais nove mortes e 698 novos casos de covid-19. Os óbitos ocorreram entre 29 de setembro e 28 de outubro. Com a atualização, a capital acumula 212.140 diagnósticos da doença e 3.670 pacientes que não resistiram aos efeitos da infecção. Atualmente, há 6.444 casos ativos, sendo que 95,2% das pessoas contaminadas se recuperaram dos sintomas.
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