Vigilância Epidemiológica

DF registra mais de 2 mil acidentes com animais peçonhentos

O número é maior ao registrado entre janeiro e outubro do ano passado. De acordo com a Secretaria de Saúde, as maiores ocorrências são com escorpiões, as quais podem aumentar agora no período das chuvas

Correio Braziliense
postado em 09/11/2020 19:29
Entre janeiro e outubro desse mês, foram registrados 1.535 envolvendo escorpiões -  (crédito: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
Entre janeiro e outubro desse mês, foram registrados 1.535 envolvendo escorpiões - (crédito: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde notificou, entre janeiro e outubro deste ano, 2.019 acidentes com animais peçonhentos. Desse total, 1.535 são casos com escorpião, o maior causador dos acidentes. Em segundo lugar, estão os registros com serpentes (125), seguidos por aranhas (109), abelhas (98) e lagartas (72). 

Segundo o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) Israel Martins, há a possibilidade desse número aumentar nos próximos meses. “No período chuvoso, esses animais entram mais nas casas das pessoas porque as galerias de águas pluviais enchem e os escorpiões vão em busca de um lugar seguro”, alerta.

O número é maior ao registrado no ano passado. Entre os mesmos meses de 2019, a vigilância notificou 1.850 acidentes envolvendo animais peçonhentos — a maior parte das ocorrências era de escorpiões (1.363), seguidas por serpentes (121) e abelhas (96).

Os pacientes que vão a uma unidade de saúde em busca de atendimento tem o caso notificado no sistema do Ministério da Saúde e da secretaria. A partir desses dados, é possível prever o estoque necessário de soros contra os diferentes venenos para assegurar a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde da rede.

Acidentes

Em caso de acidente, o paciente deve procurar um hospital para o atendimento o mais rápido possível. Se necessário, irá receber o soro compatível. Durante a pandemia, apenas o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) não está fazendo esse tipo de atendimento.

A Secretaria de Saúde conta, também, com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), do Samu, que é referência no atendimento aos pacientes picados e funciona 24 horas por dia. Em caso de ocorrência, disque 0800-644-6774.

Não faça torniquetes e nem use fórmulas caseiras. Procure imediatamente o serviço de saúde.

Em caso de acidentes com escorpião, aranha, lagarta e lacraia, para que o animal seja recolhido, é necessário entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelos números 160 e 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção.

Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais.

Nas ocorrências com abelhas é o Corpo de Bombeiros que deve ser acionado, pelo telefone 193. Em caso de serpentes, o Batalhão de Polícia Ambiental no 190 ou pelo e-mail pmdf.bpma@gmail.com.

Cuidados

Para evitar acidentes, é importante vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha, colocar telas nas janelas e ralos, consertar rodapés soltos, telar aberturas de ventilação de porões, manter assoalhos e pontos de energia e telefone vedados.

É importante manter quintais e jardins limpos, não acumular lixo, entulhos e materiais de construção. Além disso, preservar o verde e os inimigos naturais dos escorpiões, como corujas, quatis, pequenos macacos, lagartos, sapos e gansos pode evitar o surgimento de escorpiões.

 

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