Mesmo com a crise, o BRB teve bons resultados neste ano. Quais os principais fatores para que isso ocorra? A expectativa era essa?
A nossa expectativa sempre foi de crescimento mesmo num ambiente desafiador como este. Soubemos interpretar o papel de um banco público. Conseguimos avançar cumprindo o papel de apoiar os setores da economia no DF. A ampliação da carteira de crédito foi o principal fator desse crescimento. Quando lançamos o Supera-DF, atraímos mais clientes, o que aumentou nossa receita com prestação de serviços. O Supera teve papel fundamental neste momento. Movimentamos R$ 4,4 bilhões e atendemos 4,4 mil empresários e mais de 32 mil pessoas físicas. Por fim, a gente teve uma disciplina importante com gastos, principalmente com pessoal.
Dá para dizer que os piores efeitos da crise pensando no DF como um todo já passaram? Ou a situação do BRB é diferente?
Nós percebemos melhora econômica. Uma retomada se iniciou e também houve aumento de vagas de emprego. Mas, ainda é cedo para fazer essa avaliação. Precisamos entender como a dinâmica da economia vai ser nos próximos meses. Porém, para vários setores da economia, certamente um momento como o que vimos, em alguns meses anteriores, de quase fechamento total não deve se repetir.
Como ficaram as estratégias de modernização e expansão com o impacto da crise?
Um reflexo importante da crise foi um aumento da digitalização do banco. Nós tivemos de acelerar a digitalização do BRB. Fizemos investimentos para aumentar nossa capacidade de processamento para atender aos clientes e também porque parte do nosso quadro de pessoal ficou um período do ano em casa. A expansão foi naturalmente afetada. Tivemos de desacelerar, mas, no ano que vem, retomaremos esses planos. O crescimento e diversificação dos negócios está no cerne da nossa estratégia.
Com a desestatização da CEB e outros processos de concessão tocados pelo GDF, há também a preocupação de que o BRB seja privatizado. Isso segue descartado?
Esse é um compromisso que eu e o governador assumimos em relação ao BRB. Os avanços só reforçam o nosso posicionamento. Um banco público forte pode ser um agente de transformação. Esses resultados, inclusive as melhorias em índices de rentabilidade, provam que um banco público pode, sim, cumprir papel e obter resultados significativos ao mesmo tempo.
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