Irregularidade

Prédio onde a caixa d'água desabou em Vicente Pires foi autuado 35 vezes

A construção irregular foi multada e notificada, entre 2017 e 2020, pela Secretaria DF Legal, antiga Agefis. Após desabamento, a pasta informou que retornará ao local para avaliação

Cibele Moreira
postado em 16/11/2020 17:07
 (crédito: CBMDF/Divulgação)
(crédito: CBMDF/Divulgação)

O prédio onde ocorreu o desabamento da estrutura de uma caixa d'água em Vicente Pires foi autuado 35 vezes pelos órgãos de fiscalização do Governo do Distrito Federal entre 2017 e 2020. A Secretaria DF Legal, antiga Agefis, informou que a obra se encontra irregular. Em nota oficial, a pasta afirmou que todas as medidas possíveis foram tomadas. Após o incidente de domingo (15/11), uma equipe deve ir ao local para nova avaliação. 

De acordo com o administrador de Vicente Pires, Daniel de Castro, todos as construções na região se encontram irregulares, com exceção de alguns lotes do Jóquei que foram contemplados pela regularização fundiária. "A fiscalização é permanente. O que aconteceu ontem foi uma tragédia", afirma Daniel. Segundo ele, o rompimento da caixa d'água foi causado por um vazamento que corroeu a estrutura. 

"Eu estive no local ontem, estava lá hoje. E a Defesa Civil avaliou a estrutura do prédio e não há riscos estruturais", explicou o administrador que também tem acompanhado as negociações com os advogados do dono do prédio e dos moradores que tiveram a casa atingida. "Os danos dos carros e das casas atingidas será pago pelo proprietário do prédio. Essa foi a garantia dada pela advogada representante do dono", informou Daniel Castro.  

De acordo com informações da Defesa Civil, o fundo do reservatório cedeu e mais de 35 mil litros de água escorreram de uma única vez. Com o rompimento, a força da água danificou três casas e uma edificação menor.

O prédio e as casas precisaram ser interditadas para avaliação. Segundo o subsecretário da Defesa Civil do Distrito Federal, coronel Alan Alexandre Araújo, por volta das 21h de domingo (15/11), o engenheiro do prédio apresentou documento técnico para a recuperação da estrutura e fotos do escoramento da parte atingida. 

Após análise da Defesa Civil, o prédio foi liberado para a ocupação. As casas seguem interditadas. "Liberamos para a ocupação dos moradores, mas vamos continuar monitorando. Caso tenha algum risco, vamos interditar novamente", afirmou o coronel Alan Araújo. 

 

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