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Vendas de fim de ano devem aquecer economia, prevê presidente da Fecomércio

Em entrevista ao CB. Poder nesta terça-feira (17/11), o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, falou sobre a expectativa de vendas da capital para o final do ano

Ana Maria da Silva*
postado em 17/11/2020 15:56
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Em entrevista ao CB.Poder  — uma parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília —, nesta terça-feira (17/11), o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio - DF), Francisco Maia, falou sobre a expectativa de vendas da capital para o fim do ano. A previsão é de que o comércio aumente as vendas e recupere parte das perdas de 2020, ano atípico por causa da pandemia do novo coronavírus. 

“Temos de ser otimistas. Estamos sentindo que o comércio, desde sua reabertura, tem crescido exponencialmente. Não tivemos grandes vendas nas datas comemorativas que se passaram, uma vez que a maioria foi cancelada, mas estamos vendo um aumento”, afirma Francisco. De acordo com o presidente, uma pesquisa recente apresentou que o comércio abriu três mil vagas. As oportunidades representam uma melhoria no quadro econômico do DF. “Elas estão sendo ocupadas pelas pessoas, que podem ir até as lojas e agências levarem seus currículos. É um número menor se comparado com o ano passado, que tivemos cerca de 3.400 vagas. Mas, dá pra ter uma perspectiva positiva”, acredita.

"Ainda estamos terminando uma pesquisa, mas a venda ainda será menor do que o ano passado", garante. Segundo Francisco, desde que o comércio foi reaberto, houve um crescimento de 40% em relação ao que era vendido em janeiro. "Qualquer venda que tenha aumento de 3 a 5%, já será importante para a economia" ressalta.

Demissões e contratações

Fora os trabalhadores informais, o número de pessoas demitidas durante a pandemia chegou a 30 mil. Segundo o presidente, houve muita demissão no momento em que foi decretado o fechamento das lojas. “Todas estão recompondo seus quadros e há uma perspectiva de que 70% dessas vagas continuem sendo aproveitadas a partir de janeiro, ou seja, há chance de efetivação”, ressalta Francisco.

De acordo com o presidente, a chance de efetivação deve surgir para aqueles que possuem perfil e são bons vendedores. “O comércio está se reinventando com a pandemia. Nesse momento, é preciso pessoas que tenham habilidade para ser vendedor. Evidentemente, é preciso que essa pessoa também tenha um pouco de treinamento. Muitas das pessoas que foram demitidas estão sendo contratadas agora. Elas com certeza têm prioridade”, garante. “Aquelas que tiverem êxito em novembro e dezembro com certeza continuarão em seus empregos, que são importantes para recompor o quadro das empresas”, ressalta Francisco.

Apesar da liberação do comércio, o ramo alimentício ainda não conseguiu se estabilizar. Segundo o presidente, devido à falta de consolidação das empresas, muitos funcionários também não conseguiram a recontratação. “Agora, inclusive, está sendo feita uma reivindicação junto ao governo para que possam comportar mais pessoas durante as festas de dezembro. Hoje, eles trabalham com 50%, devido ao problema de distanciamento das mesas e capacidade. O restaurante que às vezes colocava 250 pessoas hoje coloca 100. Mas, isso dependerá muito das autoridades sanitárias”, ressalta Francisco.

*Estagiária sob supervisão de Alexandre de Paula

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