Resistência
A decisão do governo local de priorizar as privatizações encontra resistência na oposição. Os posicionamentos contra a transferência de empresas e serviços públicos do DF para a iniciativa privada são fortes. No entanto, até agora não têm sido suficientes. O GDF têm vencido, uma a uma, as batalhas para as privatizações e Ibaneis Rocha deve encerrar o mandato com a marca de ter concretizado, pelo menos, alguns processos importantes, como o caso da CEB e do Metrô.
Tempo de ações
As redes sociais não perdoam. Para criticar as propostas de privatização e concessão do governo Ibaneis Rocha, manifestantes contrários a essas políticas começaram a fazer circular piadas com o GDF. O slogan do atual governo é “Tempo de ação”. Internautas brincaram: “tempo de ações da CEB entregue para a iniciativa privada”. O Executivo aposta nas privatizações como forma de bancar investimentos nos próximos anos.
Página excluída
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) teve a página do Facebook excluída neste fim de semana. Miranda tinha 3 milhões de seguidores na rede social. Segundo o parlamentar, não houve justificativa da empresa para a ação. Ele promete judicializar a questão para tentar reaver o perfil.
Semiárido
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) participará da edição deste ano do Fórum de Desenvolvimento do Semiárido 2020, que ocorre em Mossoró (RN) de 3 a 5 de dezembro. O debate embasará propostas para a atualização do Plano de Desenvolvimento do Semiárido.
Advocacia em debate
Temas atuais como transição para universo on-line, democracia e enfrentamento do racismo estrutural devem dominar a pauta da Conferência da Advocacia do Distrito Federal, que tem início hoje. O evento, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), terá a participação de nomes importantes do direito como Nabor Bulhões, presidente da Comissão Nacional de Defesa da República e da Democracia do Conselho Federal da OAB Nacional, e Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay). Os presidentes da OAB-DF, Délio Lins e Silva Jr, e da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, também falarão no evento que, pela primeira vez, será on-line.
Adeus a Frejat
A notícia da morte do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat foi inesperada para a classe política local e gerou diversas manifestações de pesar. O câncer que provocou a morte tinha sido anunciado há pouco tempo, na semana passada. O político era visto com respeito mesmo pelos adversários e liderou as pesquisas na corrida pelo Palácio do Buriti durante muito tempo em 2018, mas preferiu sair de cena a negociar interesses que considerava escusos.
À QUEIMA-ROUPA
Claudio Abrantes, deputado distrital e líder do governo na Câmara Legislativa
Como líder do governo, qual avaliação o senhor faz da relação entre Executivo e Legislativo nesses primeiros dois anos?
Temos hoje um Executivo que dialoga com os demais poderes, dialoga com o Legislativo, com a sociedade. E o Legislativo, por sua vez, preza pela harmonia com o Executivo, mas preserva sua independência. Então, vejo hoje em dia um respeito mútuo que não existia anteriormente. Além de um objetivo comum, e isso é o mais forte e presente, que é de trabalhar pelo cidadão, pelo Distrito Federal. Muito disso vem do próprio perfil do governador, que não é um homem de falar e deixar alguma coisa parada, mas sim de fazer, em um ritmo que muito nos alegra e que está transformando a capital. Vivemos hoje uma reconstrução como há tempos não se via, e não se trata apenas de obras físicas, mas de ações ousadas, como o GDF Saúde e o novo Refis. As diferenças, por sua vez, passam então a ser vistas de forma positiva, como parte natural do processo democrático. E, no fim das contas, isso é muito produtivo para a sociedade, pois são diferentes ângulos de visões que se afinam por resultados que impactem, de maneira benéfica, o DF, o cidadão.
Houve momentos mais tensos como a tentativa de instaurar a CPI da Pandemia. O que foi preciso fazer para contorná-la?
Em primeiro lugar, é importante destacar que toda e qualquer atitude que venham a ser lesivas aos cofres públicos devem ser investigadas, apuradas. E os responsáveis por tais atitudes devem ser responsabilizados e punidos na forma da lei. Sobretudo, se houver algum tipo de oportunismo, de aproveitamento de uma situação de crise. Então, ninguém é contra o olhar criterioso do Estado. O que não pode haver é politização e, ainda, que se faça um corte temporal que deixe de fora todo o histórico da pasta. Se é para investigar, vamos a fundo, não vamos satanizar uns e endeusar outros, excluindo-se aí possíveis aliados de partidos e políticos que estão na ativa. Para resumir, não somos contra, não temos o menor problema com nenhuma ferramenta de fiscalização, mas elas têm de ser isentas.
Quais projetos o Executivo prioriza para esse fim de ano? Ainda dá tempo de aprovar alguma pauta importante para a cidade?
Sim, ainda temos quase um mês de sessão legislativa, ainda dá tempo de aprovar pautas de relevância para a cidade. Temos ainda pela frente diversas pautas que dizem respeito a orçamento e de ajustes de final de ano, e é de fundamental importância que nós as votemos. Também consta o IPVA e o IPTU, pautas sobre carreiras e concursos. Estamos afinando o que ainda entra, e posso adiantar que é por aí.
O que deve nortear o ano de 2021?
São vários vieses importantes para o DF. Um deles é o olhar cuidadoso sobre a economia, sobre a reconstrução dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Outro, mas esse depende acima de tudo da chegada da vacina, é a imunização da população do DF. Digo isso baseado nas recentes notícias, como o anúncio da vacina da Pfizer e outras que começam a se tornar realidade. Também acredito na retomada dos espaços que foram suspensos durante o ano de 2020, como as escolas, os órgãos. Então acredito que a conscientização, o acolhimento ao cidadão, vão ser bastante presentes. No mais, nada parou. De forma cuidadosa as obras em todo o DF seguiram, os programas foram lançados e Câmara se reinventou e seguiu firmemente.
O senhor se candidatou à presidência da Casa nas últimas eleições. Vai disputar dessa vez ou apoiar, como o governador, o atual presidente Rafael Prudente?
Ser presidente da Casa é uma honra para todos os deputados, e se para o fim do ano nossa decisão for por entrar no pleito por essa missão, isso ocorrerá no mesmo diapasão que sempre direcionou o nosso mandato, que é trabalhar pelo cidadão, de forma transparente, ética e honesta. E, se Deus porventura nos presentear com mais esse desafio, não seria diferente.
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