Taxa de reprodução da covid-19 cresce

Boletim da Secretaria de Saúde indica que a contaminação aumentou. Índice passa de 1,3, mas segue abaixo da registrada em março, quando uma pessoa, em média, contaminava três

Ana Maria Campos
Jéssica Moura
postado em 28/11/2020 23:49
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press                           )
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

O Distrito Federal registrou ontem mais 494 casos de covid-19 em relação ao dia anterior. Em nove meses de pandemia, a capital do país recebeu 228.075 notificações, uma média diária de 835 contaminações. O pico — quando houve mais pacientes doentes — ocorreu entre junho e agosto.
Mas a taxa de reprodução do vírus (R) na cidade, que mede a aceleração da pandemia, chegou a 1,3. Quando este índice supera o valor de um, indica que a doença está avançando. Em março, essa taxa chegou a 3,1, com oscilações abaixo de 2.0 entre os meses de abril a julho.
Há um mês, a taxa estava em 0,78. “Esse número é usado para apontar o quanto a epidemia está avançando ou regredindo, indica a quantidade de pessoas infectadas a partir de uma pessoa infectada no período infeccioso”, explica o coordenador do Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia), Paulo Angelo Alves Resende.
Quando a taxa chega a um, quer dizer que 100 pessoas transmitem o vírus para outras 100. É um índice fundamental para os gestores públicos planejarem reaberturas, lockdowns e políticas públicas de saúde. “Por exemplo, se a taxa é um significa que 100 pessoas contaminam outras 100. No caso desses dados, com 1,3, significa que 100 pessoas contaminam 130”, explica. Os dados do Observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia) registrados na semana passada, no entanto, são mais baixos, 1,02.
Ele explica: “Esse número não significa a quantidade de pessoas absolutas. Se tiver uma única pessoa infectada em Brasília e ela infectar três, a taxa será de três. Teoricamente. Só para entender que não significa que tem muita gente infectada”.
Segundo Paulo Angelo, o aumento dessa taxa não significa que estejamos entrando no segundo pico da doença. O primeiro ocorreu entre junho e julho. Pode ser um sinal de que mais pessoas estão sendo testadas.

Ceilândia

Dos casos confirmados até ontem no DF, segundo o boletim da Secretaria de Saúde, 217.852 (95,5%) estão recuperados e 3.920 (1,7%) morreram da doença. Neste sábado, houve a notificação de cinco mortes.
A letalidade da infecção no DF está em 1,8%, sendo que os pacientes com mais de 80 anos são a maioria das vítimas.
Ceilândia é a região administrativa com maior número de infecções confirmadas: 26.287 casos, seguida do Plano Piloto (19.166), Taguatinga (18.778), Samambaia (14.117) e Águas Claras (11.134).

 

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