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13° vai injetar mais de R$ 6,5 bi na economia do DF, estima Sindivarejista

Em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, nesta segunda-feira (30/11), o presidente do Sindivarejista-DF, Edson de Castro, pontuou questões sobre a expectativa de vendas para o fim de ano

Darcianne Diogo
postado em 30/11/2020 17:05
Edson Castro estima que 63% dos trabalhadores que receberão o 13° vão usar o benefício para quitar dívidas -  (crédito: Bruno Pimentel/ENCDF/D.A Press
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Edson Castro estima que 63% dos trabalhadores que receberão o 13° vão usar o benefício para quitar dívidas - (crédito: Bruno Pimentel/ENCDF/D.A Press )

O pagamento do 13° salário deve injetar mais de R$ 6,5 bilhões na economia do Distrito Federal este ano, segundo estimativa do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista). Em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, nesta segunda-feira (30/11), o presidente do Sindivarejista-DF, Edson de Castro, afirmou que, no ano passado o valor foi de R$ mais de 7,5 bilhões e explica que a queda se deve à pandemia causada pelo novo coronavírus. “Muita gente que ficou de licença nesse período não vai receber o pagamento. Hoje, temos quase 600 mil pessoas endividadas no DF. Então, quem ganhar, vai destinar boa parte ao pagamento das contas”, frisou.

Segundo Edson, neste ano, 63% dos trabalhadores que receberão o 13° irão usar o benefício para quitar dívidas, outros 25% usarão para compras e, em 7% dos casos, ainda é indefinido. “Muitos ainda não sabem o que vão fazer. Alguns vão viajar, outros estão esperando para ver o resultado da pandemia e tem até gente com passagem comprada, mas não sabem o que vão fazer”, destacou.

Vendas

O sindicato prevê aumento de 3% a 4% em relação às vendas no Natal de 2019. O presidente do Sindivarejista-DF atribui o crescimento, principalmente, à Black Friday, que teve início na sexta-feira (27/11) e deve se prolongar ao longo da semana. “No ano passado, o aumento foi de 5%. Vai crescer menos. Acreditamos que os valores médios dos presentes vão cair de R$ 260, por exemplo, para R$ 200”, afirmou.

Apesar disso, as vendas de fim de ano não devem melhorar a situação econômica do DF. “O Dia das Crianças é um grande termômetro para o final de ano. Lojas cheias, principalmente as de brinquedo, corresponderam às vendas nesse período. Mas, tivemos sete meses com muita crise, situação ruim. Foram 750 lojas fechadas e 280 mil pessoas desempregadas”, detalhou Castro.

Questionado sobre as expectativas do comércio para 2021, Edson adiantou que tudo “dependerá da pandemia e da vacina contra a covid-19”. “Temos uma expectativa grande, apesar de que em janeiro e em fevereiro, o comércio é devagar. Para o Carnaval, não temos muito o que fazer, porque não vai existir. Mas as lojas irão funcionar. Comércio é comércio, uns fecham, outros sobrevivem”, complementou.

Outro ponto citado pelo presidente do Sindivarejista foi o aumento das vendas pela internet, que subiu 57% este ano contra 33% em 2018. “Devido à pandemia, as pessoas aprenderam a comprar pela internet. Hoje, você pede algo em um site e, amanhã, está na sua casa. Então, isso facilitou muito”, finalizou.

Assista na íntegra a entrevista no YouTube do Correio

 

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