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Diretor-geral do Detran diz que total de veículos licenciados caiu 15%

Fiscalização do licenciamento anual de placas de número 6, 7 e 8 começa nesta terça-feira (1/12) em toda a capital federal

Ana Maria da Silva*
postado em 01/12/2020 16:07
 (crédito: Marcelo Ferreira)
(crédito: Marcelo Ferreira)

O diretor-geral do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), Zélio Maia da Rocha, falou sobre o início da fiscalização do licenciamento anual das placas de número final 6, 7 e 8. Em entrevista ao CB.Poder — uma parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília —, nesta terça-feira (1/12), Zélio afirmou que, até o momento, foram realizados 870 mil licenciamentos. No mesmo período do ano passado, 1 milhão haviam sido feitos. “Em razão da pandemia caiu cerca de 15%”, justificou o diretor do Detran.

Zélio Rocha explicou que a fiscalização ocorre de maneira escalonada. “A partir de 1º de outubro, fiscalizamos placas com o final 1 e 2. No mês de setembro, 3, 4 e 5. Agora, no início de novembro, as placas de final 6, 7 e 8. As placas de final 9 e 0 ficarão para o início de 2021”, detalhou.

O diretor do Detran ressaltou que o licenciamento se caracteriza como liberação do documento do cidadão para transitar. “Para baixar ou receber o documento, o cidadão precisa estar em dia com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com o seguro obrigatório (DPVAT) e com multas pagas. Com esses tributos em dia, o cidadão está apto para circular com o veículo”, reforça.

Digitalização

O diretor reforçou que o Detran tem mais de 100 serviços prestados ao cidadão e muitos deles já são oferecido digitalmente. “Nós temos inúmeros serviços, e todos eles estão migrando para forma digital. Não só por razão da pandemia, mas logo quando ingressamos em março deste ano, já tínhamos um projeto de digitalização de todos os serviços”, ressalta.

Atualmente, o órgão oferece 30 serviços via aplicativo ou portal, enquanto os outros estão em formatação. “A cada semana estão ingressando no nosso portal algo em torno de 5 mil usuários. Hoje, já temos em torno de 120 mil cadastrados no nosso sistema”, afirma. De acordo com Zélio, a demanda da população está dentro do esperado. “À medida que o cidadão vai precisando do serviço e sabendo que não tem mais as filas, mas sim o portal à disposição, passa a fazer o cadastramento. É um processo gradual. Provavelmente, até o fim de 2021, já teremos em torno de 600 a 700 mil brasilienses cadastrados”, acredita.

Um dos serviços que tem fila virtual é o de vistoria, conforme explica o diretor. “A média do ano passado eram de 22 mil vistorias. Neste mês de novembro, nós fizemos 25 mil vistorias. Ou seja, fizemos mais vistorias em novembro de 2020 do que de 2019”, pondera. Apesar do aumento, Zélio diz que ainda há uma certa demanda reprimida em razão da pandemia, mas espera-se resolver com mudanças na gestão. “Eu costumo dizer que na administração pública, muitas vezes busca-se aumentar efetivo, digitalizar, mas tem o elemento gestão. Nós fizemos uma gestão para aumentar a quantidade de vistorias por vistoriador”.

Festas de fim do ano

O diretor-geral ressaltou ainda a preparação para as festas de fim do ano, em que há número elevado de registros da mistura de direção com álcool. “Ficamos em um período de quase três meses sem policiamento e com atividades suspensas. O policiamento no que diz respeito à alcoolemia ficou apenas 45 dias sem essas fiscalização, a partir de maio retomamos. Quando se elimina esses 45 dias, verifica-se que o número de blitz e atuações do uso de bebida alcoólica foi superior ao de 2019. Ou seja, intensificamos as fiscalizações. E não será diferente no mês de dezembro”, garante.

De acordo com Zélio, o foco do departamento mudou para esse tipo de fiscalização. “Antes, o foco maior eram os bares, mas hoje há o cidadão que bebe muito em casa e convida amigos que saem, muitas vezes, sob o efeito do álcool. É uma blitz mais complexa porque é diluída em todo o território do DF. Mas o Detran promoverá blitz e processo educativo para que a mistura da direção e álcool não ocorra”, diz.

Assista a entrevista na íntegra 

*Estagiária sob supervisão de Alexandre de Paula

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